No dia 20 de março, foi realizada a primeira sessão. Foram cinco horas de julgamento, realizado de forma online pelo TJD-AD. Gabigol e mais sete testemunhas prestaram depoimento por videoconferência.
O jogador também participou da sessão desta segunda (25). Um dos pontos de defesa do jogador relembra que o atacante fez o exame de sangue, que é considerado mais efetivo.
Relembre o caso
Em dezembro do ano passado, uma verdadeira bomba caiu nos bastidores do Flamengo, envolvendo um dos seus principais jogadores. A Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem ofereceu denúncia contra Gabigol por tentativa de fraudar um exame de controle de doping.
O caso ocorreu no dia 8 de abril de 2023, no Ninho do Urubu, centro de treinamento da equipe do Rio de Janeiro.
Gabigol foi denunciado por tentar dificultar a realização do exame, desde o momento em que chegaram os oficiais responsáveis pela coleta ao Ninho do Urubu, às 8h40 do dia 8 de abril. Todos os outros atletas do Flamengo realizaram o exame antes do treino das 10 horas.
A denúncia se baseou em relatos que afirmam que o jogador prejudicou o trabalho dos oficiais de várias formas. Além de fazê-los esperar, ele os teria desrespeitado e não seguido os procedimentos corretos.
Os responsáveis pelo exame declararam que o atacante não se dirigiu a eles antes do treino, os ignorou depois da atividade e foi almoçar.
Após um período de 90 minutos, ele pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém, não gostou ao perceber que o oficial o acompanhou até o banheiro e, em seguida, entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida.
A denúncia dizia, ainda, que Gabigol se irritou por estar frequentemente na lista de jogadores que realizam o exame. Feita a coleta no dia 8 de abril, ele avisou que aquela seria a última vez.
Apesar de tudo isso, o Flamengo alega que o oficial de controle de dopagem é o responsável pelo acautelamento do material coletado.
“Não houve qualquer erro de procedimento do atleta na entrega do frasco após a coleta do material. Acaso a entrega do frasco estivesse em desacordo com as normas técnicas e de segurança, caberia ao Oficial de Controle de Dosagem recusar e exigir uma nova coleta, o que não foi feito”, afirmava a defesa de Gabigol.