Bia Souza: Quem é a judoca de Peruíbe medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris
Nascida na região, Beatriz Souza, de 26 anos, tornou-se campeã com uma vitória sobre a israelense Raz Hershko em sua primeira participação em Jogos Olímpicos
Medalhista de prata no Campeonato Mundial de Judô de 2022 e de bronze em 2023, a paulista Beatriz Souza, a Bia Souza, nascida em Itariri e criada em Peruíbe, tornou-se campeão olímpica na categoria acima de 78 quilos em sua primeira participação nos Jogos Olímpicos, em Paris, nesta sexta-feira (2).
Foi a terceira medalha do judô em Paris, depois da prata de William Lima (66 quilos) e o bronze de Larissa Pimenta (52 quilos).
A primeira de ouro do Brasil foi conquistada com uma vitória na final por Wazari sobre a israelense Raz Hershko. Antes disso, ela venceu a líder do ranking mundial, a francesa Romane Dicko.
Nascida na região, Bia tem 26 anos de idade, 1,78m de altura e pesa cerca de 115kg.
Atleta do clube Pinheiros, em São Paulo, ela foi campeã dos Jogos Pan-Americanos Sênior 2017 de judô. Bia é treinada por Sarah Menezes, primeira judoca do Brasil a conquistar uma medalha olímpica, e Andrea Berti.
“Poder gigantesco”
Eleita pelo Comitê Olímpico do Brasil a melhor judoca de 2023, Bia, que disputa a categoria peso pesado, afirmou, em entrevista à revista Glamour antes de viajar para a França, que “o esporte me mostrou o poder gigantesco que tenho dentro de mim”.
“Sempre tive muita energia para gastar na infância, por isso, minha família chegou a me colocar na natação e na dança ao mesmo tempo, mas nada parecia me acalmar. Até que um dia, meu pai, atleta aposentado do judô, teve a ideia de me levar para ver um treino, e foi lá que me apaixonei pelo esporte. Eu tinha 7 anos e pensei: ‘É isso que quero fazer da minha vida’. Nunca mais olhei para trás”, afirmou.
À ESPN, em abril, a judoca falou da responsabilidade em disputar a primeira Olimpíada e de buscar uma medalha.
“O judô sempre tem aquela responsabilidade de trazer uma medalha, e a comissão tenta não passar muito isso para os atletas, mas às vezes acaba passando resquícios ali ou não. Mas já basta a responsabilidade que a gente tem com nós mesmos de trazer resultados e fazer todo esse esforço valer a pena ali no final”, afirmou.
“Isso que é o que gera a medalha para o Brasil. Essa cobrança que nós, atletas, temos com nós mesmos. Isso dá aquele upsinho na pressão de que agora esse é o momento de trazer a medalha”, emendou a atleta, que conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em Paris.