Por Iara Vidal
Márcia Okida é uma mulher com múltiplos talentos. Um deles é sua especialidade em cores. No próximo dia 13 de dezembro, quarta-feira, às 19h, ela promove um evento online exclusivo para revelar as “Paletas Cromáticas para 2024”, incluindo ervas, cristais e aromas, baseadas em pesquisas de diversas crenças e religiões.
Os participantes terão acesso a 32 paletas de cores e à cor principal do ano, que ainda é um segredo.
Além do acesso à apresentação, os inscritos até o dia 12 de dezembro vão receber consultorias em cromática, ervas, pedras, descontos em atendimento integrativo e leitura de tarô.
O investimento é de R$ 55 e mesmo quem não puder participar ao vivo receberá a gravação e os materiais do evento.
Quem é Márcia Okida
Nascida em 1967, em Santos, Márcia é designer gráfica e artista visual que, desde 1986, dedica seu talento para enriquecer a arte e a cultura local. Com uma carreira multifacetada que abrange desde o design gráfico até a produção audiovisual, ela é uma figura importante para a comunidade artística santista.
Com formação em Curadoria de Arte e Arte Contemporânea, ela se destacou como professora universitária por mais de 26 anos, e influenciou gerações de jovens criativos. Sua pesquisa na linguagem das cores, iniciada em 1988, é apenas uma faceta dos seus vários talentos.
Ela esteve por trás da criação e implementação do curso de Graduação em Produção Multimídia na Universidade Santa Cecília (Unisanta), que, entre 2007 e 2016, formou mais de três mil profissionais nas áreas de design, cinema, fotografia e novas tecnologias. Sob a coordenação e ensino dela, o curso recebeu duas avaliações de “Muito Bom” pelo Ministério da Educação.
Conhecida por sua participação ativa em comissões de seleção e premiação nas áreas de arte, design e audiovisual, Márcia também é uma curadora que organiza exposições e eventos nas mais diversas áreas das artes, cultura e design. Desde 2013, ela organiza e faz curadoria do Varal do Design, uma exposição bienal em parceria com o Sesc Santos.
Neste ano, ela foi selecionada com três obras no Salão Internacional de Humor de Piracicaba “Batom, Lápis e TPM”. Ela também é diretora do Clube do Choro de Santos e faz parte da Comissão de Direitos Humanos e Educação da Concidadania em Santos. Como uma das fundadoras do Chega – Observatório de Violência Contra a Mulher, ela demonstra compromisso com questões sociais importantes.
Premiada em diversos concursos de roteiro, contos, poemas, sonoplastia e cenografia, Márcia compartilha a própria experiência por meio de palestras, cursos e entrevistas sobre diversos de temas, desde design gráfico e direção de arte até a linguagem estética do cinema e do audiovisual e uso das cores.
Confira entrevista exclusiva
Revista Fórum – De que forma as pessoas podem se beneficiar com o encontro sobre cores? Pode dar exemplos concretos?
Márcia Okida – Primeiro, temos que entender que esse é um assunto holístico, que trata de energia, não é um assunto físico. Falar das cores nesse sentido é como justificar a fé, a religião, nossas crenças, é uma abordagem de algo que não é palpável. Precisamos acreditar!
Quando falamos da energia das cores temos que entender que podem fazer bem ou mal. Neste encontro “Energia das Cores para 2024”, dia 13 de dezembro, vou explicar como chegamos nas comprovações científicas, físicas, sinestésicas e psicológicas que existem em relação à associação das cores.
Por exemplo, é comprovado cientificamente que uma cor tem a capacidade de promover reações fisiológicas, como aumentar ou diminuir o batimento cardíaco e a atividade cerebral.
Outro exemplo é a orientação de não vestir preto no verão e preferir o uso de roupas brancas. Existem duas explicações: a psicológica/sinestésica – associada às sensações: é quando sentimos que uma cor não combina com um momento, quando vemos alguém de preto sob um sol forte temos uma sensação de algo esta errado, parece mais quente, é uma reação/sensação psicológica.
Já a fisiológica é a que causa uma reação física, real, do nosso corpo. Isso acontece porque o preto esquenta e o branco esfria a nossa pele – isso é físico e acontece porque o preto é a ausência de luz e o branco é a presença de todas as luzes (luz = cor). Sendo assim, o tecido preto absorve a luz, não reflete nada e, com isso, aumenta a temperatura. Já uma roupa branca não absorve calor, não absorve nada, reflete toda a luz e assim, dá uma sensação térmica de mais frescor.
A partir desse conceito de que o branco reflete tudo e por isso tem em si as reações psicológicas e fisiológicas de todas as cores juntas, tenho um movimento que é “Não Use Branco No Ano Novo” porque refletindo todas as luzes, a única coisa que o branco não faz com ninguém, é oferecer paz e tranquilidade.
Nesse encontro, quem participar vai aprender qual é a melhor maneira de usar as cores tanto em casa, quanto nas roupas e nas mais diversas situações do dia a dia.
Abordo também que não existe “a cor do ano” e sim, várias energias e combinações de cores que podem ser adequadas a uma determinada crença. Antes de tudo temos que saber em que acreditamos.
Além disso, falo das relações místicas e energéticas já que atuo também como terapeuta integrativa nas áreas de aromaterapia, florais de bach, cromoterapia, cristaloterapia e ervas. E também sou bruxa natural há muito tempo.
Neste encontro exploro a relação das cores com cristais, aromas e ervas. Aponto combinações que acalmam, permitem dormir ou raciocinar melhor, para um encontro etc.
Revista Fórum – O que a motivou a estudar cores?
Márcia Okida – Sou designer por formação, profissão e paixão. Sempre gostei e estive envolvida com arte desde antes de cursar faculdade de design, quando fiz cursos de desenho artístico, publicitário de decoração etc.
Nessa época, quando jovem, meu guarda-roupa era praticamente só com peças escuras: preto, cinza e marrom. Até que um dia pensei: ‘como é que uma pessoa que ama Van Gogh, as cores da Frida e obras de arte, tudo tão colorido tem um guarda-roupa assim? Então, da busca por esta resposta veio a minha curiosidade em começar a estudar as cores.
Entendi o quanto as cores influenciam a gente psicologicamente e fisicamente e fui buscar cada vez mais conhecimento. A partir desse estudo das cores, meu guarda-roupa mudou. Hoje, o que menos tenho no meu guarda-roupa é preto.