Foto: Reprodução/Redes Sociais

A cantora Rita Lee, uma das maiores compositoras da música brasileira, faleceu na noite desta segunda-feira (8), aos 75 anos. A artista lutava contra um câncer de pulmão desde 2021. A informação foi confirmada pelo marido, Roberto de Carvalho.

A família de Rita Lee divulgou um comunicado por meio das redes sociais da cantora. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de usa família, como sempre desejou”.

À frente dos Mutantes, Rita Lee revolucionou a música brasileira ao trazer elementos do rock para a MPB. Após ser expulsa do grupo, Rita seguiu carreira solo e se consagrou como uma das mais importantes cantoras e compositora da música brasileira.

Assim como quase tudo em sua vida, Rita lidou de maneira debochada e irreverente em sua luta diária contra o câncer, que ela apelidou de “Jair”, em referência ao ex-presidente.

Em tratamento, o Brasil pôde acompanhar sua luta contra a doença por meio de suas redes sociais e, também, pelo perfil de Roberto de Carvalho, que emitia comunicados com atualizações sobre o quadro de saúde da cantora.

Além disso, Rita também postava, vez ou outra, fotos em seu perfil no Instagram que revelavam os bastidores de seu tratamento contra a doença.

Uma montanha de sucessos

Compositora genial, Rita Lee deixa uma infinidade de sucessos na música brasileira, entre eles, “Baila comigo”, “Ovelha negra”, “Meu doce vampiro”, “Esse tal de rock in roll” e muitas outras canções.

Além de artista brilhante, Rita quebrou barreiras e enfrentou o machismo e a misoginia no mundo do rock e, também, da música brasileira. Expulsa dos Mutantes, se tornou a maior artista da música brasileira.

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).