Para celebrar 50 anos de carreira, o artista e músico João Bosco, um dos principais nomes da música brasileira, se apresentará no Instituto Arte no Dique, em Santos, nesta quinta-feira (23), às 15 horas, dentro do festival O Som das Palafitas. O show é gratuito e aberto ao público, à Avenida Brigadeiro Faria Lima, n° 1.349, no bairro Rádio Clube, na Zona Noroeste.
No repertório, João Bosco mostrará clássicos da MPB, como: “Incompatibilidade de Gênios”; “O Mestre-Sala dos Mares”; “O Ronco da Cuíca”; “Jade”, “Papel Machê”; “O Bêbado e a Equilibrista”, “Corsário”, entre outros.
Neste momento em que o artista retorna aos palcos, ele celebra, em turnê, seus 50 anos de carreira, revisitando o repertório de uma vida toda, repleto de grandes sucessos.
O artista circula com tranquilidade entre trabalhos solo, em duo e até quarteto. O show referente ao seu mais recente álbum, “Abricó-de-Macaco”, cujo nome também batiza uma canção, teve sua estreia adiada pela pandemia, mas trouxe para João Bosco e seu filho e parceiro musical, o filósofo Francisco Bosco, o Grammy Latino de melhor canção em língua portuguesa.
O Som das Palafitas
No festival, que visa a democratização de acesso à cultura e formação de plateia, já passaram nomes como Hamilton de Holanda, Luis Caldas, Armandinho Macedo, Supla, João Suplicy, Pepeu Gomes, Bem Gil, Moreno Veloso, entre muitos outros.
História
Natural de Ponte Nova, em Minas Gerais, João Bosco nasceu no dia 13 de julho de 1946. Cantor, compositor e violonista, viveu sua infância ao lado de nove irmãs e irmãos, em um ambiente modesto, porém bastante musical. O bandolim, o piano, o canto e o violino faziam parte de seu cotidiano familiar e, aos 12 anos, ganhou de uma de suas irmãs um violão verde, seu primeiro instrumento.
Apaixonado por Elvis Presley, Ray Charles e seus contemporâneos, cujos discos chegavam até Ponte Nova, passou a integrar o conjunto de rock “X-Gare”, referência à música “She’s got it”, sucesso de Little Richards.
Alguns anos depois, ingressou na Escola de Minas, em Ouro Preto, para cursar Engenharia Civil na cidade onde também conheceu Vinícius de Morais, encontro que o fez se encontrar com sua música. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se muito à carreira musical, influenciado, principalmente, por gêneros como Rock, Blues, Jazz e Bossa Nova.
Em 1972, teve sua primeira gravação fonográfica, marco inicial de sua profissionalização, no projeto “Disco de Bolso”, do jornal O Pasquim, em que um artista consagrado apresentava um jovem, a ser revelado ali. João Bosco apareceu no lado B de Tom Jobim, que lançava no lado A aquela que viria a ser uma das mais emblemáticas canções brasileiras, “Águas de Março”, enquanto Bosco lançava sua parceria com grande poeta Aldir Blanc, na canção “Agnus Sei”. O disco se chamava: “O tom de Antônio Carlos Jobim e o tal de João Bosco”.