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Ampliar e qualificar a discussão sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade. Este é o objetivo central da Jornada Santista do Patrimônio Histórico (JSPH), que está em sua terceira edição.

“Trata-se de um fórum permanente de debates, para trazer à tona discussões pertinentes sobre a cidade. São selecionados, pelas universidades, trabalhos que versem sobre restauração de edifícios, sejam tombados ou classificados como de interesse dentro das áreas de preservação do centro histórico, revitalização de áreas urbanas, como praças, logradouros, conjuntos arquitetônicos e edifícios isolados”, explica Jaqueline Fernández Alves, arquiteta, idealizadora do Blog Santos Antiga e uma das gestoras do projeto.

Segundo ela, além de promover a ampla discussão sobre as políticas públicas de preservação, restauração e revitalização de edifícios e áreas urbanas de interesse histórico e cultural, a Jornada busca estimular os futuros profissionais de arquitetura e de urbanismo e conscientizar a comunidade da importância da preservação da memória.

“A JSPH também procura intensificar, junto aos estudantes, os conhecimentos sobre o tema, seus desafios e possibilidades no campo de trabalho, além de divulgar a produção acadêmica, trazendo uma reflexão sobre as possibilidades de recuperação e requalificação do patrimônio histórico, de modo que essas propostas para a melhoria da qualidade urbana no Centro de Santos sejam difundidas junto ao poder público e à população”, avalia Jaqueline. 

A arquiteta conta que nos debates promovidos pela Jornada em 2018 e 2019 algumas questões ficaram claras. “Para preservação das edificações de interesse histórico e cultural em Santos é necessária uma política pública com estratégias voltadas, principalmente, para o repovoamento da Região Central, através da produção de unidades de Habitação de Interesse Social (HIS) e de Habitação de Mercado Popular (HMP), combinadas com o uso misto para comércio e serviços. Isso, além da utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade para cumprimento da Função Social dos imóveis vazios e abandonados”.

Jaqueline acrescenta que havia uma agenda definida para todo o ano de 2020, mas foi preciso adiar. “Porém, pensamos que poderíamos fazer alguma atividade remota ou online. Então, resolvemos produzir a exposição dos trabalhos de conclusão de curso, que este ano conta com Unip, Unisanta e UniSantos”.

A Jornada não tem data definida. A programação, além da exposição online dos trabalhos, terá mais duas atividades em outubro e novembro, também remotas.

Apoio

Em cada edição, a Jornada recebe apoio municipal e institucional, de arquitetos e urbanistas, historiadores, profissionais de turismo, que ajudam na execução e divulgação do evento. Os cursos de arquitetura e urbanismo da cidade foram apoiadores também em todas as edições.

Além de Jaqueline, a gestão é feita pelos arquitetos Daniela Colin, Jean Pierre Crete, Clarissa Duarte de Souza e Rita Helena Yoshitaka. Os trabalhos podem ser acompanhados aqui.