Após 700 filmes inscritos, entre curtas e longas, o tradicional Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos anunciou a lista de obras selecionadas para sua 10ª edição, que acontece de 18 a 26 de junho.
O evento será realizado em espaços, gratuitamente, como Cine Roxy, Sesc, Cine Arte Posto 4, Cinemateca de Santos, UniSantos, Novotel, Instituto Arte no Dique, Associação Projeto Tia Egle, Praça do BNH, Concha Acústica, Lagoa da Saudade no Morro da Nova Cintra, Open House Idiomas, escolas Olga Cury e Andradas, Caruara, entre outros.
A mostra nacional de curtas e longas será no Sesc, entre 20 e 23 de junho. A regional será no Roxy, em 24 de junho. A de animação, nas sessões infantis em praças e escolas. Para conhecer o júri, basta acessar o site do evento.
Em 2024, o festival homenageia a trajetória da atriz Carol Castro, que tem se destacado no cinema e televisão, e só em 2024 estrela quatro grandes produções. Uma delas, o filme de abertura do Santos Film Fest, “Ainda Somos os Mesmos”, de Paulo Nascimento.
Também celebra a carreira de Julia Rezende, uma das grandes produtoras do cinema nacional, filha de um diretor já homenageado no evento, o renomado Sérgio Rezende, também presente nesta edição com seu novo longa, “Sertão Sertões”.
Wanderlei Camargo, professor, cineasta e um dos pioneiros na televisão regional, além de ser o criador e coordenador do curso de cinema da Universidade Católica de Santos, é o homenageado da região.
A santista Bete Mendes, uma das principais atrizes da história do Brasil, estará presente, apresentando seu novo filme, “Essa Noite Seremos Felizes”, de Diego dos Anjos, protagonizado por Bete e Othon Bastos.
Para completar, uma homenagem à família Barreto, representada pelo diretor Marcelo Santiago, com uma retrospectiva de três filmes emblemáticos destes cineastas tão importantes, que ajudaram a construir o cinema nacional.
Luciano Quirino, ator e padrinho do Santos Film Fest, estreia na direção com “Triângulo de Tebas”, codirigido por Lukinha Figueiredo. O curta-metragem será exibido na abertura e retrata a trajetória do arquiteto santista escravizado, Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas, que ajudou a desenvolver o centro de São Paulo.
O festival ainda terá lançamentos de livros da Coleção Santos Film Fest: neste ano, a autobiografia da designer Márcia Okida e uma edição especial da história do festival.
A programação contará com mostras competitivas, retrospectivas, inclusive uma destacando os 150 anos da imigração italiana e o centenário de Marcello Mastroianni, palestras, bate-papos, exibições com trilha sonora ao vivo (na Concha Acústica), sessões seguidas de debate (inclusive o recente cult “O Mestre da Fumaça”, com presença dos diretores Augusto de Oliveira Soares e André Luis Folgosi Sigwalt, atividades com audiodescrição, intérpretes de libras.
A programação será lançada no dia 6 de junho, às 19h30, na UniSantos (Av. Conselheiro Nébias, 300), junto das exposições “Amor e Dedicação ao Cinema – 15 anos do CineZen Cultural”, “10 anos do Santos Film Fest” e “Cinema 10 x 10: 10 Filmes em 10 Anos de Dedicação e Amor ao Cinema”, curadoria de Marcia Okida (responsável pela identidade gráfica do festival) e apresentação musical Tributo a Elton John, com Mario Tirolli.
Confira a lista de filmes selecionados e programação já confirmada:
Mostra Nacional de longas-metragens
“Agudás – Os Brasileiros de Benin (2023)”, de Aída Marques, 97 minutos, Rio de Janeiro/RJ e o País de Benin/África;
“Combinaram de nos matar – Nós combinamos de não morrer” (2024), de Pablo Guelli, 85 minutos, São Paulo/SP;
“Estranho Caminho (2023)”, de Guto Parente, 83 minutos, Fortaleza/CE;
“Lenita (2023)”, de Dácio Pinheiro, 83 minutos, São Bernardo do Campo/SP;
“Onde as Ondas Quebram (2023)”, de Inara Chayamiti, 85 minutos, São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ;
“Ópera Cabaré Casa Barbosa” (2023), de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques, 89 minutos, São Paulo/SP;
“Partido” (2023), de César Charlone, Sebastián Bednarik, Joaquim Castro, 82 minutos, São Paulo/SP;
“Praia da Saudade” (2024), de Sinai Sganzerla, 78 minutos, São Paulo/SP;
Mostra nacional de curtas-metragens
“Tudo que importa” (2024), de Coraci Ruiz, 20 minutos, Campinas/SP;
“Cores Queimam” (2024), de Felippy Damian, 9 minutos, Poconé/MT;
“Viventes” (2024), de Fabrício Basílio, 20 minutos, Niterói/RJ;
“Buraco de Minhoca” (2024), de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques, 13 minutos, Salvador/BA;
“Uma Irmã Mais Velha” (2024), de Drica Mendes, 26 minutos, Recife/PE;
“Plural” (2024), de Patricia Travassos, 25 minutos, São Paulo/SP;
“Noke Koi” (2024), de Arthur Ribeiro – Tsãka to’o, 30 minutos, Cruzeiro do Sul/AC;
“Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz” (2024), de Lucas Assunção, Serro/MG.
Mostra Regional Baixada Santista
“Amare Vinyl” (2023), de Luiz Becker, 20 minutos, Santos/SP;
“Bergamota” (2023), de Hsu Chien, 15 minutos, Santos/SP;
“Chico Voltou Só” (2023), de Douglas Gadelha, 6 minutos, Cubatão/SP;
“Eu Sou da Vila Margarida” (2023), de Cesar Freire, Ed Siqueira, Vitor Donizete, 14 minutos, Santos/São Paulo;
“Nalua” (2023), de Isabelly Cristiny, 15 minutos, Santos/São Paulo
Onde as Flores Crescem (2024), de Fabrício de Lima, 16 minutos, Santos/SP;
“Roberto Pires: Êle Fêz O Cinema Baiano Nascer” (2023), de Paula Anuska, 13 minutos, Santos/SP;
“VOZ!” (2024), de Mariana Pecci, 6 minutos, Guarujá/SP.
Mostra Humanidades de curtas-metragens
“Benevolentes” (2022), de Thiago Nunes, 15 minutos, Plano Piloto/DF;
“Das Águas” (2023), de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo, 17 minutos, Recife/PE;
“Eu, Girassol” (2023), de Bruno Granata, 19 minutos, Santa Cruz do Sul/RS;
“E se Jesus Nascesse no Mangue?” (2023) de Carlos Oliveira, 6 minutos, Santos/SP;
“Gordos não vão para o céu – Qual o poder de escolha de uma pessoa gorda?” (2023), de Mariana Mussi S. Infanti, 20 minutos, Santos/SP;
“Jantar à Luz de Velas” (2023), de Leandro Salu, 7 minutos, Planaltina/DF;
“Movimentos Migratórios” (2024), de Rogério Cathalá, 14 minutos, Salvador/BA;
“Notas de Yakecan” (2024), de André Moura, 24 minutos, Crateús e Fortaleza/Ceará;
“O Canto” (2023), de Isa Magalhães e Izabella Vitório, 15 minutos, Arapiraca/AL;
“Os Finais de Domingos” (2023), de Olavo Junior, 8 minutos, Fortaleza/Ceará;
“Vai-Vai e as Raízes do Bixiga: Uma história Entrelaçada” (2024), de Cendy Domingues, 16 minutos, Santos/SP.
Mostra Humanidades de longas-metragens
“A Estética da Luta” (2022), de Guillermo Planel, 85 minutos, Rio de Janeiro/RJ;
“As águas que correm” (2023), de Julien Heurtier, 76 minutos, Rio de Janeiro/RJ;
“Ato Final” (2023), de Roberta Fernandes, 72 minutos, Espírito Santo/ES;
“Justiça em Estado de Exceção” (2023), Silvio Tendler, 95 minutos, Rio de Janeiro/RJ;
“Invisível” (2024), de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen, 87 minutos, Rio de Janeiro/RJ;
“Liberta!” (2024), de Débora Gobitta, 93 minutos, São Paulo, João Pessoa e Campo Grande/SP, PB e MS;
“Madre” (2024), de Marcela Varani e Ana Paula Pinheiro, 78 minutos, Ribeirão Preto e São Paulo/SP;
“O Alecrim e o sonho” (2022), de Valério Fonseca, 111 minutos, Natal/RN;
“O Grande Espanto de Dorothy Boom” (2024), de Alberto Camarero e Alberto de Oliveira, 86 minutos, São Paulo/SP;
“Patrícia Acioli, Juíza do Povo” (2022), de Humberto Nascimento, 110 minutos, Niterói e São Gonçalo/RJ;
“Paulo e Eliana” (2023), de Neide Duarte e Caue Angeli, 77 minutos, São Paulo/SP.
Mostra de Animação
“Coaxo” (2023), de Cecilia Silva Martinez, 5 minutos, Pelotas/RS;
“De Dentro do Quarto” (2023), de Paula M. Urbinati, 8 minutos, São Paulo/SP;
“Geração Alpha” (2023), de Débora Resendes e Iuri Moreno, 11 minutos, Goiânia/GO;
“Lagrimar” (2024), de Paula Vanina, 14 minutos, Natal/Rio Grande do Norte;
“Maré Braba” (2023), de Pâmela Peregrino, 7 minutos, Porto Seguro e Fortaleza/BA e CE;
“Manu sonha com onças” (2023), de Daniel OG, 6 minutos, Rio de Janeiro/RJ;
“Mecha Meraki” (2024), de Babi Astolfi, 4 minutos, São Paulo/SP;
“Mytikah Explora” – Maria Sibylla Merian (2023), de Hygor Amorim e Recy Cazarotto, 4 minutos, São Carlos/SP;
“Palavras Mágicas” (2023), de Carlon Hardt, 3 minutos, Curitiba/PR.
Retrospectivas de filmes das homenageadas Carol Castro e Julia Rezende. E da LC Barreto Produções, que completa 60 anos de trajetória e produziu ou coproduziu mais de 160 filmes nacionais. Com exibição dos filmes “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, Isto é “Pelé” e “Barretão”.
E mais:
– Sessão especial dos premiados filmes “Kairo” e “Engole o Choro”, seguidas de debate com o cineasta Fabio Rodrigo.
– Sessões azuis para pessoas PCD em parceria com o grupo Inclusão para Todos, em Santos, São Vicente e Cubatão.
– Bate-papo com a cineasta Dandara Ferreira, diretora do filme “Meu Nome é Gal”.
– Feira de mídia física em parceria com o Bazar da Sétima Arte.
– Virada cinematográfica tendo como tema os filmes do Verão de 84.
– Exposições de cartazes inspirados em dez filmes, em comemoração aos dez anos do festival com artistas de todo o Brasil. E a exposição dez anos de dedicação e amor ao cinema apresentando a retrospectiva de todas as edições do festival.
– Palestra sobre os 60 anos de Mary Poppins, com Waldemar Lopes.
O 10º Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, via edital do governo do estado de São Paulo. Tem apoio institucional da Secretaria de Cultura de Santos, emendas parlamentares municipais de vereadores, apoio cultural da Universidade Católica de Santos, e apoios do Sesc Santos, Paris Filmes, Mauricio de Sousa Produções, restaurantes Cantina de Lucca, Beduíno, Padaria Nova Princesa, Rizzieri Eventos, Open House Idiomas, Histórias do Cinema e da TV. A direção é dos produtores André Azenha e Paula Azenha, e a produção do Instituto Cinezen Cultural, que celebra 15 anos de atividade em 2024.
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