J.K. Rowling - Foto: Reprodução

Por Carolina Fortes

Para comemorar os 20 anos de Harry Potter, a HBO Max anunciou nesta segunda-feira (16) um especial que deve reunir o elenco principal em Hogwarts. “Harry Potter 20 anos: De Volta a Hogwarts” chega à plataforma em 1º de janeiro de 2022 com a participação de vários nomes do elenco.

Daniel RadcliffeEmma Watson, Rupert Grint, Helena Bonham Carter, Gary Oldman, Robbie Coltrane e Chris Columbus estão citados entre os participantes, além de “muitos outros”.

No teaser divulgado pela HBO Max, no entanto, em nenhum momento aparece o nome da escritora J.K. Rowling, autora dos sete livros da saga, que inspiraram a franquia de filmes de sucesso.

Fontes próximas ao projeto revelaram ao The Hollywood Reporter que a retrospectiva se concentrará na criação do filme e no elenco, sem a presença da autora – entretanto, ela deve aparecer em imagens de arquivo.

Confira o teaser:

Envolvida em diversas polêmicas, principalmente relacionadas à transfobia, é difícil não pensar que esse tenha sido um dos motivos para a ausência de Rowling. Ao longo dos anos, a escritora tem sido muito cobrada por seus posicionamentos e pela falta de diversidade em suas histórias.

Em 2007, três meses depois do último livro ter sido lançado para o grande público, ela revelou que Dumbledore, o diretor de Hogwarts, era homossexual. Porém, o feitiço virou contra o feiticeiro, já que muitas pessoas questionaram o fato do personagem estar morto e da orientação sexual dele nunca ter sido abordada em nenhuma das produções.

Os comentários transfóbicos de Rowling ultrapassaram o cancelamento dos fãs e chegaram aos participantes do elenco. Daniel Radcliffe, que interpreta Harry, saiu em defesa da população trans ao escrever um longo texto afirmando que “mulheres trans são mulheres” no site do Trevor Project, uma organização sem fins lucrativos que trabalha na prevenção do suicídio da juventude LGBTQIA+.

Entre muitos comentários absurdos, Rowling chegou a comparar os tratamentos hormonais usados no processo de transição de gênero a uma nova “cura gay”, além, é claro, de ter defendido Johnny Depp abertamente depois que o ator foi acusado pela ex-mulher de violência doméstica.