Ivan Ricardo Garisio Sartori, de 62 anos, desembargador aposentado, morador de Santos, estaria cotado para assumir o lugar de Sérgio Moro, que pediu demissão do Ministerio da Justiça, nesta sexta-feira, e agitou a política nacional. Sartori é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, se aposentou em 2019 e é pré-candidato a prefeito da Cidade. A assessoria de imprensa desembargador informou que “não há nada decidido”.
Bolsonarista, Sartori ficou conhecido ao anular o juri dos policiais militares que participaram da invasão do Carandiru, em 92, onde foram mortos 111 presos.
Recentemente, Sartori se envolveu em uma polêmica. Em tempos de pandemia do coronavírus, o desembargador resolveu desrespeitar a quarentena imposta pela Prefeitura e foi correr na praia. Foi abordado e advertido por guardas civis. Sartori não gostou e clamou que a praia é da União, mas acatou a advertência.
Em resposta a Sartori, a Prefeitura de Santos esclareceu que a gestão das praias está sob a competência e responsabilidade do Município. De acordo com o artigo 14 da Lei Federal nº 13.240/2015, a Prefeitura de Santos celebrou, em 19/07/17, termo de adesão com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), por meio do qual a União outorgou ao Município a gestão das praias marítimas urbanas, inclusive bens de uso comum com exploração econômica, pelo período de 20 anos.
Amizade
O que pode levar Sartori para Brasília é que ele é muito amigo da advogada Karina Kufa, em quem Bolsonaro confia muito. Ela é uma das fundadoras da Aliança pelo Brasil, sigla que tentou transformar-se em partido político, mas que não conseguiu as assinaturas necessárias para ser criado.
Ele ainda está em Santos, mas, de acordo com sua assessoria, não “existe nada de concreto, nem nada decidido” nessa questão. Questionada se aceitaria o convite, a resposta foi: “Depende de algumas coisas ainda, mas vamos ver”.
