A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus não poupou até quem vive do lixo dos outros, ou seja, os materiais recicláveis. O que é recolhido fica armazenado, pois não existe para quem vender os produtos. São quatro cooperativas cadastradas na Prefeitura de Santos, sendo duas na Cidade, uma com sede em São Vicente e outra, em Cubatão.

Marcelo Adriano, da ONG Sem Fronteira, na Rua da Constriuição, no Centro de Santos, revelou que quem vive de materiais recicláveis está batalhando muito para sobreviver. “As cooperativas estão fechando, pois não existe material nas ruas para recolher. Nossa situação é um pouco melhor, pois pegamos em alguns prédios de Santos”, disse.

A ONG Sem Fronteira é uma cooperativa que reúne 40 pessoas que vivem do lixo reciclável coletado em prédios da Cidade -Reprodução

Ele ressaltou a importância do trabalho dos catadores, já que sem eles, tudo será levado para o aterro sanitário. “Os catadores que trabalham com reciclável vivem na vulnerabilidade social. Se não tem para quem vender, não tem como eles receberem. Vivemos um período muito difícil, o pior momento, sem perspectivas”. A ONG Sem Fronteira tem 40 cooperados.

Para Marcelo, a principal preocupação é garantir alimentos e um pagamento para todos da cooperativa. “Nosso trabalho é muito importante para a preservação do meio ambiente e isso não pode ser interrompido. Temos que resolver também a siatuação dos cooperados. Para que isso seja possível, estou procurando algumas pessoas para iniciar uma campanha de arrecadação de alimentos para essas 40 famílias”, disse o coordenado da ONG que já tem nove anos de vida.

ONG

A ONG Sem Fronteira é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que visa por meio do “Projeto Reciclar”, promover a cidadania com pessoas carentes da Baixada Santista, especialmente os catadores e moradores de rua. É com esse objetivo que ensinam essas pessoas, como gerar o seu sustento e de sua família, por meio do processo organizado de reciclagem.