A agressão ocorreu na porta da escola Isabel Figueroa Brefere - Foto: Reprodução/Google Maps

A Escola Municipal Professora Isabel Figueroa Bréfere, que se localiza no bairro da Aviação, em Praia Grande, foi cenário de uma cena de violência. Uma professora de 34 anos denuncia que foi agredida pela mãe de um aluno. A educadora levou um soco no rosto, além de ter sido ofendida verbalmente.

O fato aconteceu na tarde desta sexta-feira (13). De acordo com a professora, que prefere não se identificar, ela ministra aulas ao aluno desde o ano passado, no 5º ano.

“Durante o ano passado eu não tinha tido nenhuma indisposição, nem com a mãe e nem com o aluno. Já neste ano, logo no início das aulas, há cerca de um mês, o descontentamento dela começou por conta do lugar que o menino estava sentado. Eu o troquei de lugar porque ele conversava muito com os colegas e não prestava atenção na aula”, destaca a professora ao G1.

Depois da mudança, a mãe se dirigiu até a porta da sala de aula e a questionou. “Eu expliquei que era para não atrapalhar a aula e os estudos dele, já que ele conversava muito. Porém, já alterada e bem agressiva na forma de falar, ela disse que eu estava o excluindo”, conta.

A mulher foi procurar a diretoria para trocar seu filho de classe. No entanto, recebeu e informação de que não seria possível, porque o prazo para a transferência já havia acabado.

“Depois disso, ela não foi mais na sala. Continuei a prática normal das minhas aulas, já que sempre passo olhando, de mesa em mesa, os cadernos de cada uma das crianças. Faço isso para ver se a lição está completa e anotar, para os pais acompanharem a situação”, afirma a professora.

Contudo, dois dias antes de ser agredida, a professora relata que escreveu no caderno do aluno que a lição estava incompleta.

Depois disso, a professora afirma que a mãe do aluno voltou à escola para reclamar dela. Na sexta, durante a aula, a educadora resolveu chamar o estudante para conversar, perguntando o que estava acontecendo.

“Ele falou que eu só fazia anotações no caderno dele e só dava bronca nele. Expliquei que não era isso e que agia assim com todos os alunos, quando necessário, e que, aquele tipo de pensamento era ridículo, porque como educadora tenho a função de ensinar com relação aos estudos. Ele pegou as coisas dele e saiu sem a minha autorização, falando que falaria com o diretor”, afirma.

No mesmo dia, quando a professora estava indo embora da escola, a mãe a encontrou na saída. “Ela gritou que eu chamei o filho dela de ridículo. Colocou o dedo na minha cara e começou a distorcer tudo que eu tinha dito. Falei que nuca tinha feito isso e que não iria ficar perdendo o meu tempo com grosseria. Foi assim que ela deu um soco no meu rosto”.

“Me senti extremamente humilhada, porque tenho mais de dez anos de trabalho e nunca precisei passar por isso. É bem complicado e triste. Venho todos os dias trabalhar para fazer o meu melhor, exerço minha profissão com amor e comprometimento e o mínimo que gostaria de ter é respeito”, diz a professora.

Ela acionou a Polícia Militar e registrou boletim de ocorrência por lesão corporal na Delegacia de Polícia de Praia Grande.

Repúdio

A Prefeitura de Praia Grande, via nota, diz que repudia qualquer tipo de agressão. A Administração Municipal informa que a Secretaria de Educação (Seduc) está analisando os fatos, a fim de adotar as devidas providências.

A Seduc ressalta que a professora tomou medidas adequadas para solucionar problemas na sala de aula. A pasta está dando todo respaldo para a profissional, inclusive, disponibilizando o atendimento psicológico.

Com informações do G1