Aglomeração e fila de espera no Irmã Dulce - Foto: Mirian

Espera de cinco horas por atendimento médico, aglomeração, falta de cadeiras e instalações sem ventilação são alguns problemas enfrentados por pacientes que foram até o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, na segunda-feira (22).

Diante deste cenário, várias pessoas desistiram e foram embora, apesar de apresentarem sintomas de patologias, de acordo com reportagem de Marcela Ferreira, no Santa Portal.

Um dos casos ocorreu com a estudante Mirian Carla Lima Santos Silva, de 27 anos. Ela conta que levou a mãe, de 51 anos, até o hospital por volta das 12 horas. Até às 17 horas a paciente não tinha sido atendida por um dos médicos. Acabou desistindo.

“Eu cheguei 12 horas com a minha mãe, demorou 40 minutos para fazer a triagem e ainda colocaram como pouco urgente. Ficamos até 17 horas sem atendimento, sendo que minha mãe estava com muita dor e desistiu de ficar lá, preferiu ir para casa”, conta a estudante ao Santa Portal.

Os sintomas da mãe de Mirian eram dor no corpo e no braço, além de formigamento e nariz congestionado.

Antes de deixar o Irmã Dulce, Mirian conversou com pessoas que estavam no local à espera de atendimento desde 10 horas. “Então, para nós que chegamos às 12, ia demorar muito. Minha mãe não estava mais aguentando de dores”.

Medo da Covid

A estudante revela, ainda, que teve receio de contrair Covid-19, em consequência da aglomeração. “Não separam os pacientes, caso alguém esteja com Covid, estava lá a aglomeração”.

A reportagem procurou a direção do Hospital Irmã Dulce e solicitou um posicionamento a respeito das denúncias. Até o fechamento da matéria, não houve retorno.