O Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), por nove votos a três, agradou ao grupo de vereadores que apoia a especulação imobiliária e negou o tombamento do Clube Atlético Santista. As instalações da tradicional agremiação se localizam no bairro da Encruzilhada, em Santos.
Os conselheiros simplesmente não levaram em conta o parecer dos técnicos (arquitetos) do próprio órgão, que alertaram a respeito da necessidade do tombamento, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.
Agora, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) deverá ser acionado para evitar a demolição do imóvel.
Ainda segundo a reportagem, a pressão para o não tombamento já havia sido muito grande na audiência pública, ocorrida no auditório Vereadora Zeny da Sá Goulart, da Câmara de Santos.
Estavam à frente dos trabalhos na oportunidade os vereadores Francisco Nogueira (PT), que integra a Comissão de Desenvolvimento Urbano e Habitação Social, Benedito Furtado (PSB) e Carlos Teixeira Filho, o Cacá (PSDB).
Processo sobre tombamento é concluído dez anos depois de aberto
Chico Nogueira foi o único favorável ao tombamento, pedido em 10 de outubro de 2011, com processo iniciado em 10 de maio de 2012, sendo concluído apenas agora, dez anos depois.
O imóvel envolve a área das piscinas e o prédio do ginásio. O pedido de tombamento foi feito pelas arquitetas Karoline Valverde Araújo e Jaqueline Fernández Alves de pelo arquiteto Gino Caldatto Barbosa, além de mais 20 pessoas ligadas à área.