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Os quatro principais clubes de futebol, do estado, Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras, usaram suas redes sociais para combater o racismo. Todos utilizaram antigos e atuais jogadores em vídeos e fotos, com mensagens que apontam a necessidade de se combater o preconceito e a desigualdade social.

“Em nossa história, o branco e o preto sempre estiveram lado a lado. Não se trata de posição política e muito menos de mimimi. É que já passou da hora de todo mundo entender que o direito à vida é de todo mundo. Vidas negras importam”, destaca o vídeo do Peixe.

“Não seríamos Corinthians se não fossem os negros. Se não fôssemos negros. Alvinegros. Não seríamos Corinthians se a gente se calasse, se a gente aceitasse racismo e a injustiça. Não seríamos Corinthians se a gente não se indignasse com a violência e a desigualdade. O racismo mata e destrói famílias no Brasil e no mundo. Não se cale. Nós nos importamos com essas vidas. Por isso, somos Corinthians. Vidas negras importam”, diz um dos trechos do vídeo corintiano.

“Nem 10% dos negros no Brasil atingem o ensino superior completo. Dos 10% mais pobres do Brasil, 75% são negros. Nas maiores empresas do país, nem 10% dos chefes são negros. No Brasil, 76% das pessoas assassinadas são negras. Não basta não ser racista. É preciso ser antirracista. Que hoje e sempre repensemos nossas atitudes. Refletir e respeitar. O São Paulo se importa”, relata a mensagem do clube do Morumbi, em um vídeo antigo, mas bem atual.

O Palmeiras não postou vídeo, mas publicou uma foto, com os dizeres: “O Palmeiras surgiu das diferenças e é por elas que vamos continuar existindo”. Junto à foto, o texto: “Já tivemos que mudar de nome para continuarmos existindo. Somos contra o racismo e qualquer prática preconceituosa que atente contra o direito à vida e à liberdade. Nascemos das diferenças e elas nos fazem mais fortes”.

Protestos

As manifestações dos clubes surgem no momento que se espalham pelo Brasil e no mundo protestos contra o racismo, depois de inúmeras ocorrências violentas e que causaram mortes de negros.

No Rio de Janeiro, o rapaz João Vitor da Rocha, de 18 anos, foi baleado durante uma entrega de cestas básicas. João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi atingido por policiais quando estava dentro de casa. Enquanto isso, nos Estados Unidos, George Floyd, foi assassinado por asfixia por um policial, durante uma abordagem.