Após solicitar que os trabalhadores de um estabelecimento usassem máscaras de proteção contra o coronavírus, um policial civil de 55 anos foi agredido física e verbalmente pelos comerciantes e por um funcionário. O caso ocorreu em Registro, no Vale do Ribeira.
Depois de serem cobrados pela utilização da peça, os proprietários ofenderam o policial e um dos funcionários o agrediu no rosto.
Na loja, uma placa indicava a obrigatoriedade do uso de máscaras. Porém, os próprios funcionários não utilizavam. “Eles tinham, mas estava no queixo, não cobria nada e não protegia as pessoas na loja”, explica o policial, em entrevista ao G1.
Ao constatar que a medida de segurança não estava sendo seguida, o policial, que preferiu não se identificar, cobrou o uso e foi confrontado por um funcionário.
Depois de explicar que a medida era necessária, o policial passou a ser ofendido pelo funcionário. A vítima, então, começou a tirar fotos com o celular para registrar o caso. “Ele começou a falar ‘vai tomar…’, ‘filho da…’, e foi atrás de mim. Fomos para a calçada da loja e um deles desferiu um golpe no meu rosto”, disse.
“Degradante”
“Para mim, foi a situação mais degradante pela qual já passei. Eu queria a minha proteção, a proteção deles e dos demais. Por cobrar que eles tivessem essa preocupação, fui agredido”, contou.
Depois da confusão, a Polícia Civil foi acionada pela vítima e os envolvidos foram para a Delegacia Sede de Registro. Conforme o boletim de ocorrência, um dos suspeitos disse que todos os funcionários da loja usavam máscara, mas um deles admitiu que não utilizava a peça de proteção.
O caso foi registrado como lesão corporal e infração de medida sanitária preventiva, já que o uso de máscara é obrigatório.