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A obesidade infantil tem se tornado um dos desafios de saúde pública mais sérios do século XXI. A avaliação é da infectologista pediátrica e professora universitária, Carolina Brites.

A médica destacou ser imprescindível sensibilizar, tanto a comunidade médica quanto a população em geral, sobre a necessidade de práticas alimentares saudáveis e a promoção de atividades físicas para as crianças, tanto em casa quanto nas escolas.

“As estimativas da World Obesity Federation (WOF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicadas no Atlas Mundial da Obesidade, indicam que, em 2020, 158 milhões de indivíduos de 5 a 19 anos já estavam com obesidade no mundo. Esse número pode chegar a 206 milhões, em 2025, e 254 milhões, em 2030”, alertou a médica.

Carolina destacou, também, que entre os fatores de risco para o aumento do peso em crianças estão as rotinas familiares interrompidas, desregulação do sono, redução na atividade física, aumento do tempo de tela e maior consumo de lanches não saudáveis.

Além disso, o acesso menos consistente a refeições com porções adequadas nas escolas também agrava o problema. “Não é apenas o ganho de peso que preocupa, mas as comorbidades associadas, como hipertensão, diabetes tipo 1 e comprometimentos articulares pelo excesso de peso”, explicou a infectologista.

Ela também ressaltou que as consequências da obesidade infantil não se limitam às condições clínicas, o que já é muito grave. “Há uma forte repercussão mental e social, como bullying e depressão, que podem impactar psicologicamente e socialmente as crianças, prejudicando seu desenvolvimento”, afirmou.

Estudos mostram que crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade têm uma grande probabilidade de permanecerem obesos na fase adulta, o que aumenta o risco de desenvolver problemas crônicos em uma idade precoce, como diabetes e doenças cardiovasculares.

Prevenção ainda é a melhor saída

Por isso, a médica reforça a importância de uma abordagem preventiva. “A prevenção deve ser prioridade. A melhor estratégia é promover um estilo de vida saudável, com foco na melhoria dos hábitos alimentares e na prática regular de atividades físicas”, aconselhou.

A infectologista também abordou a importância da avaliação nutricional estruturada, da orientação sobre comportamentos sedentários e da higiene do sono como ferramentas essenciais na prevenção da obesidade infantil.