Por Yuri Ferreira
A saúde global está sob ameaça. E o perigo tem nome: Klebsiella pneumoniae. Essa superbactéria é uma das maiores preocupações da medicina moderna.
Capaz de causar infecções graves em pessoas hospitalizadas, ela se destaca por sua incrível resistência a antibióticos, tornando tratamentos simples uma verdadeira corrida contra o tempo.
Recentemente, a superbactéria apareceu em uma lista da Organização Mundial da Saúde como uma das possíveis causadoras de novas pandemias por seu “alto risco”.
“Cepas de K. pneumoniae que podem causar infecções graves em indivíduos saudáveis e têm sido identificadas com frequência crescente nos últimos anos são consideradas hipervirulentas em comparação com cepas clássicas devido à sua capacidade de infectar tanto indivíduos saudáveis quanto imunocomprometidos e devido à sua maior tendência a produzir infecções invasivas”, afirma um estudo da entidade.
A K. pneumoniae não é novidade, mas sua evolução ao longo dos anos a transformou em uma ameaça quase imbatível. Hospitais, onde o combate a infecções deveria ser mais eficaz, tornaram-se o terreno perfeito para sua proliferação.
Ela é conhecida por causar pneumonia, infecções urinárias e até mesmo infecções na corrente sanguínea, que podem ser fatais. O mais alarmante? Em muitos casos, os antibióticos disponíveis são ineficazes contra ela.
Enquanto cientistas ao redor do mundo trabalham incansavelmente para desenvolver novas terapias, elas também se adaptam. Pesquisas mostram que essa superbactéria tem a capacidade de adquirir genes de resistência de outras bactérias, o que a qualifica como uma superbactéria.
À medida que essa superbactéria continua a se adaptar e a resistir às poucas armas que a medicina tem, a possibilidade de uma crise de saúde global aumenta. O que é possível fazer? Evitar o uso indiscriminado de antibióticos, pressionar pelo investimento em pesquisas e, principalmente, ficar atentos às recomendações de higiene, especialmente em ambientes hospitalares.