Depois da realização de uma manifestação, nesta quarta-feira (10), contra o reajuste salarial proposto pela prefeitura e aprovado pela Câmara Municipal, os servidores públicos de Praia Grande resolveram deflagrar greve.
Os trabalhadores paralisaram atividades nos órgãos públicos e se reuniram na entrada do município. A possibilidade de uma greve geral ter início nesta quinta-feira (11) se concretizou.
O advogado do Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Estância Balneária de Praia Grande, Sérgio Boscayno, informou que funcionários de todas as categorias participam do movimento.
A prefeitura de Praia Grande ofereceu ao sindicato, no dia 2 de abril, proposta de reajuste de 4% no salário com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além de 13,85% no cartão alimentação, que passaria de R$ 650 para R$ 740.
Os servidores não aceitaram, pois reivindicam aumento real de 12,91% no vencimento e 36% no cartão.
Centenas de trabalhadores marcaram presença na manifestação realizada em frente à Câmara Municipal de Praia Grande, na terça (9), quando a proposta foi votada e aprovada pelo Legislativo, com 14 votos favoráveis e seis contra.
“Informamos a administração sobre a rejeição e tentamos mais uma negociação. Não deu certo, eles não aceitaram, não nos chamaram para conversar. Por conta disso, a manifestação aconteceu ontem [terça-feira], momento também que a proposta, o projeto de lei foi encaminhado para Câmara para votação”, explicou o advogado, em entrevista ao G1.
Boscayno declarou, ainda, que a administração municipal agiu de “má-fé” ao esperar até 2 de abril para apresentar a proposta de reajuste. Segundo ele, o sindicato encaminhou inúmeros ofícios para que na proposta fosse feita até fevereiro.
O que diz a prefeitura
A prefeitura de Praia Grande alegou que as propostas do sindicato “impactariam negativamente no orçamento”. “O impacto de todas as solicitações feitas pelo sindicato afetaria em R$ 650 milhões o orçamento municipal”, disse.
Em relação à convocação do sindicato para paralisação dos servidores, a prefeitura destacou que “respeita o direito dos funcionários, mas atenta da responsabilidade em não prejudicar os cidadãos, mantendo o número de funcionários para o atendimento nas unidades municipais, não prejudicando a rotina de pais e responsáveis que utilizam-se das escolas municipais e dos pacientes nas unidades de saúde e pronto-atendimento, por exemplo”.