O prefeito do Guarujá, Válter Suman, está sendo alvo de uma nova investigação. Desta vez, com autorização do desembargador federal Paulo Fontes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, um inquérito policial foi instaurado para apurar supostas irregularidades em contratos firmados com uma empresa de turismo, que teriam sido praticadas pelo prefeito, junto ao seu secretário municipal de Saúde, José Humberto Sandi.
Um processo foi distribuído em junho do ano passado depois que uma cidadã do município ingressou com uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), denunciando possíveis ilegalidades que teriam sido cometidas nesse acordo. Como as verbas empregadas eram de origem federal, o caso acabou sendo transferido para avaliação do Ministério Público Federal (MPF).
Assim, o MPF solicitou a baixa do caso à Polícia Federal (PF), para que um inquérito policial fosse instaurado, dando prosseguimento nas investigações. A tramitação direta do inquérito entre MPF e PF foi autorizada no dia 15.
O desembargador estabeleceu um prazo de 60 dias para que a PF realize oitivas com Suman e Sandi, além de Sandro Luiz Ferreira de Abreu, dentre outros servidores que teriam envolvimento no caso.
Acordo investigado
O contrato em questão foi feito pela prefeitura do Guarujá com a Yellow Tour Turismo e Transporte, em 2014, mas, na gestão Suman, em dezembro de 2017, um termo aditivo foi assinado para prorrogar o vínculo por mais 12 meses. O valor estabelecido nessa renovação contratual era superior a R$ 2,2 milhões.
No ano seguinte, um novo termo aditivo, que prolongava o contrato por mais 12 meses pelo mesmo valor, foi firmado. Por isso, a investigação irá apurar a prática de supostos crimes relativos a licitações nesse acordo.
Procurada, a prefeitura de Guarujá informa que não conhece o teor do inquérito e, até o momento, não foi notificada a prestar esclarecimentos sobre o contrato em questão, que foi iniciado em 2014. A Yellow Tour Turismo e Transporte ainda não se manifestou.
Com informações do Santa Portal.