Mumificados, com os ossos expostos, há meses sem serem resgatados e exalando um forte odor de morte. Assim foram encontrados os corpos da mãe e filho, nesta segunda-feira (16), dentro de uma residência na Rua Júlio Seco de Carvalho, no bairro Solemar, em Praia Grande. As informações macabras foram concedidas pela Polícia Civil ao site de A Tribuna. Nem os policiais e nem os vizinhos sabem precisar quando os dois vieram a óbito.
A mãe estava deitada na cama, coberta, enquanto seu filho estava caído na cozinha, e os sinais do corpo dão conta de que a morte ocorreu há meses. A polícia não divulgou a causa do óbito e nem se havia sinais de violência.
Morador do bairro, Fabiano Martins, de 48 anos, em entrevista ao jornal A Tribuna, disse que uma das vítimas, Maria Eugeni de Lourde Morgado Gonçalves, de 92 anos, sumiu do local havia dois anos, período em que os vizinhos passaram a suspeitar sobre o seu falecimento.
“Nós entramos em contato com a assistente social da Unidade de Saúde da Família (Usafa) aqui do bairro, e ela falou que ela não tinha dado baixa como falecida, e continuava viva”, comentou.
Segundo Fabiano, o filho da dona Maria Eugeni, Sérgio Gonçalves Proença, aparentava ter problemas psicológicos e pouco falava com a vizinhança. “Inclusive, chamamos duas ou três vezes a viatura, e nem ela própria conseguiu contato, porque ele se escondia. Quando a polícia ia embora, ele aparecia na sala”, contou
A casa, de acordo com o vizinho, se encontrava com aspecto abandonado. Assim, ela atraía a atenção de criminosos e bandidos para a região, que roubavam as portas e outros materiais do local. Por fim, Fabiano falou que o último registro do filho saindo de casa foi quando as câmeras de segurança da vizinhança o flagraram ao ir jogar o lixo na rua. Ele disse que os vizinhos desconfiavam da morte, mas que não tinham como comprovar o fato.
O caso
Na tarde de segunda-feira (16), mãe e filho foram encontrados mortos, dentro de uma residência, na Rua Júlio Seco de Carvalho, no bairro Solemar, em Praia Grande.
De acordo com informações da Polícia Civil, o corpo de Maria Eugeni foi encontrado em estado de mumificação, quando os ossos estão expostos, enquanto Sérgio, seu filho, estava em estado de putrefação, quando se trata de morte mais recente.
Depois de ser acionada pelo Centro de Operações (Copom), a Polícia Civil foi ao local e, ao chegar, vizinhos os alertaram de que não viam Sérgio há dias e notaram um forte odor saindo da casa. Assim, oa agentes, ao entrarem no local, comprovaram as suspeitas da vizinhança.
Os policiais viram o corpo de Sérgio caído no chão da cozinha e, prontamente, acionaram o Corpo de Bombeiros, que também foi ao local.
Os bombeiros entraram na casa e, em busca pelos cômodos, se deparam com o corpo da mãe, debaixo de um cobertor.
A perícia foi acionada para trabalhar no caso, registrado como morte suspeita (encontro de cadáver) no 3º Distrito Policial de Praia Grande.
