Contratado em julho para reforçar o sistema defensivo do Santos, João Basso se tornou titular incontestável em poucos jogos. Mesmo com o curto período de tempo usando a camisa do Peixe, ele se tornou um dos líderes do elenco, com voz ativa no vestiário e dentro de campo. Com a má fase do Santos, a torcida passou a ser o pilar principal para a recuperação no torneio. E o zagueiro se sente positivamente surpreso com o apoio que recebeu nos jogos na Vila Belmiro.
“É surreal. É algo que o futebol brasileiro não está acostumado, porque, em muitas ocasiões, em quase todas, a torcida abre mão do time, larga mão dos jogadores. No Santos tem sido completamente o contrário. A torcida tem nos apoiado muito. Eu cheguei aqui, teve dois jogos, aí depois eles foram ao CT conversar conosco. Eles falaram que iam nos apoiar até o fim do campeonato, iam nos ajudar, estar ali sempre. O que falaram, estão fazendo”, disse João Basso, em entrevista ao GE.
Ele ressaltou o “corredor de fogo” que a torcida fez no duelo contra o Grêmio, no dia 20 de agosto, na vitória por 2 a 1. Além disso, comentou sobre o apoio que recebe dos fãs nas redes sociais, na rua e o apoio na arquibancada.
Apesar de estar só há dois meses no clube, Basso já vivenciou duas trocas de técnicos. Contratado quando o grupo ainda estava sob o comando de Paulo Turra, ele viu o mesmo ser demitido para a chegada de Diego Aguirre. O uruguaio durou cinco partidas. Agora, com Marcelo Fernandes, o zagueiro santista destacou a confiança que o interino vem passando aox jogadores.
“A confiança é muito importante. Tem confiança agora. O Marcelo (Fernandes) está bem, tem nos ajudado muito com isso. Ele nos passa muita verdade na fala. Você acredita nele. Ele consegue falar com o jogador, tirar da gente aquilo que é de bom, o melhor. A gente sente que o que ele fala é verdadeiro. Você acredita nisso. Isso faz a diferença”, valorizou Basso.
Recuperação da confiança
Se sobra confiança com o interino, faltava ao longo dos jogos. A equipe é a 17ª colocada, com 24 pontos em 24 jogos. O defensor enfatiza a questão da preparação mental e da inconsistência do clubes nos jogos. “Quando as coisas não acontecem, você fica com dúvidas, é normal. A fase não está boa, você tenta uma, duas, três, a bola bate num jogador, no outro, não entra. Aí o outro time vem, chega e faz o gol. Você pensa: ‘não é possível’. É como quando você sai de casa atrasado. O semáforo fecha, tem trânsito aqui, trânsito ali. É um ciclo vicioso. Temos de quebrar esse ciclo para as coisas irem no caminho que queremos. A gente fala isso”, observou.