A redução do número de portas giratórias e da presença de seguranças no interior das agências bancárias na Baixada Santista preocupa o Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

De acordo com a entidade, milhares de idosos residem na Baixada e frequentem as agências, assim como grande número de comerciantes.

O sindicato também aponta que os bancários fazem parte da categoria mais exposta a quaisquer tipos de agressões sem a figura, muitas vezes, de um vigilante armado.

Portanto, a diretoria solicita às prefeituras da região que fiscalizem e multem a falta de portas giratórias, pois existem leis municipais que obrigam, além de provocar o Ministério Público do Trabalho e denunciar à Polícia Federal, também encarregada de fiscalizar a segurança bancária.

“O problema ocorre sendo que os clientes pagam altas tarifas para fazer o serviço que os bancos deviam fornecer por meio dos bancários, cada vez em menor número e sobrecarregados pelo acúmulo de funções”, afirma Élcio Quinta, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Apreensão

Segundo a entidade, no Santander estão retirando as portas giratórias em frente ao autoatendimento e removendo apenas para os caixas humanos. Outros locais de atendimento dos clientes ficam expostos à violência.

“Os bancários estão apreensivos e amedrontados, pois correm risco de morte, porque existe circulação de dinheiro nos caixas eletrônicos, ou sujeitos à agressão de usuários exaltados, já que o ódio foi disseminado no país”, ressalta Fabiano Couto, secretário de Comunicação do sindicato e bancário do Santander.

Terceirizados

No Mercantil do Brasil, ainda conforme a entidade, a ideia é trocar os vigilantes por controladores de acesso terceirizados, retirando um profissional treinado por um não preparado para a função.

Autoatendimento

Bradesco, Itaú e Banco do Brasil, segundo o sindicato, transformaram diversas agências em autoatendimentos sem caixas humanos, sem a figura armada de um segurança ou portas giratórias.

“Os bancos dizem que a segurança está no manuseio do dinheiro por carros fortes, mas e as pessoas que vão até as unidades para sacar e depositar?”, questiona Ednilson dos Santos, dirigente sindical e funcionário do Bradesco.