Delivery de livros ou livreiro em domicílio. Essa foi a maneira que José Luiz Tahan, proprietário da Realejo Livros, no Gonzaga, para enfrentar a escassez de fregueses afastados pela quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus. Tahan qualifica a ideia como um reinvenção em cima da característica que ele tem como livraria e livreiro.
Ele trabalha com três funcionários na livraria, mas todos foram liberados e com a garantia do pagamento dos salários. “Quando o problema da pandemia começou a se agravar com as questões de locomoção, deslocamento e fechamento dos comércios a gente sentiu isso. Com a gravidade do cenário liberei todos. Eles não têm culpa, nem nós, mas acho justo mantê-los com seus salários”, disse.
Tahan teve a vontade de fazer algo mais humanizado, de acordo com a identidade da sua livraria e sua também. Ele começou a acessar intensamente suas redes sociais e as da empresa também e grupos de transmissão de whatsapp de amigos e clientes. “Não queria fazer um serviço simples, mecânico de encomenda. O leitor me fala o que leu, último livro ou o que ele goste, o que está interessado, os temas ou autores e eu interpreto e respondo com uma sugestão. Muita gente quer ser surpreendida”.
O livreiro garante que está dando muito certo seu novo projeto. “É reconfortante e revigorante, eu me reinventar nesse ofício, a partir de um grave problema mundial. Todos estão preocupados e eu também”. Ele garante que faz pesquisas de livros o dia inteiro. Num período dá atenção ao site www.realejolivros.com.br, onde comercializa um catálogo com mais de 150 títulos para o Brasil todo, por e-commerce. “No Livreiro em domicílio, o leitor vai dar uma pista e vou interpretar melhor que um algoritmo. Acredito muito nisso e está dando certo. Pela manhã até a hora do almoço recebo os contatos e à tarde saiu para fazer as entregas. Isso é muito importante para o futuro da livraria”.