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A Pfizer anunciou nesta quarta-feira (8) que três doses de seu imunizante são capazes de neutralizar a nova variante do coronavírus, Ômicron.

De acordo com estudo do laboratório, uma terceira dose da Pfizer aumenta os títulos de anticorpos em 25 vezes quando comparado com apenas duas doses.

Sobre o esquema de duas doses, apesar de ter redução na produção de anticorpos contra a Ômicron, a vacina ainda é capaz de proteger contra o desenvolvimento da Covid-19 grave.

Além disso, a Pfizer também afirmou que a manutenção da proteção acontece porque a proteína spike, que é utilizada pelo vírus para invadir as células humanas, ainda pode ser reconhecida pelas células de defesa, mesmo na presença de mutações da variante Ômicron.

As informações divulgadas nesta quarta compõem um estudo inicial demonstrando que os anticorpos induzidos pela vacina neutralizam a variante Ômicron do SARS-CoV-2 após três doses.

De acordo com a pesquisa, os soros obtidos de indivíduos vacinados um mês após receberem a dose de reforço neutralizam a variante em níveis que são comparáveis aos observados pela ação da vacina em duas doses diante da linhagem original do novo coronavírus.

Outro dado relevante, é que, a resposta imunológica induzida pela vacina conta com outros mecanismos de defesa como a ativação de células de defesa do organismo, os chamados linfócitos T. Segundo a farmacêutica, as pessoas já vacinadas ainda podem não desenvolver a foram grave de Covid-19.

Reforço da Janssen para quem recebeu Pfizer aumenta resposta imunológica, diz estudo

Um estudo conduzido pelo Centro Médico Beth Israel Deaconess e da Harvad Medical School com 65 voluntários revela que usar a Janssen como dose de reforço nas pessoas que receberam a Pfizer produz uma forte resposta imunológica do corpo contra a Covid-19.

No entanto, esse estudo não inclui a variante Ômicron e, apesar de ter revelado uma forte resposta imune, este decaiu em ritmo acelerado, indica o estudo.

Em entrevista à CNN, o pesquisador Dr. Dan Barouch, líder do estudo, afirma que, apesar da pesquisa não incluir a variante Ômicron, o estudo pode ajudar a traçar caminhos para combater a nova cepa.

“No momento, ainda não temos essa certeza sobre a Ômicron, mas estou certo de que, como se sabe, há muita preocupação e especulação de que ela [variante] resulte em algum nível, mesmo substancial, de escape da indução dos anticorpos gerada pelas vacinas. Para uma dose de reforço, você procura incrementar tanto a resposta dos anticorpos como a das células T”, analisa o pesquisador.

Com informações da CNN Brasil

Marcelo Hailer
Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).