O livro Tarzan: O macaco branco, lançado pela editora santista CineZen Edições Literárias, do pesquisador brasileiro Celso Ronald de Oliveira Reis, analisa o racismo em três filmes do personagem criado pelo escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs, em 1912. As produções são: Tarzan of The Apes (1918), Greystoke: A Lenda de Tarzan (1984) e A Lenda de Tarzan (2016).
Reis contextualiza a época da produção de cada longa-metragem, relembra a trajetória de Burroughs e aprofunda a reflexão sobre a representatividade do negro nestes filmes, como a teoria da eugenia se encaixa nos escritos de Burroughs e como a evolução do herói, nas telonas, acompanha as transformações da sociedade, ainda que falte muito a ser feito no sentido de representatividade e lugar de fala.
“Celso toca em temas duros e atuais: racismo, colonialismo, euro-centrismo, eugenia. Ao mesmo tempo, busca compreender, com genuíno interesse, um dos mais populares produtos culturais dos últimos 100 anos: a saga literária e cinematográfica do personagem Tarzan”, escreve a professora doutora Laura Loguercio Cánepa, no texto da contracapa do livro.
“Sustentar o tom crítico tão necessário à discussão proposta, mas também reconhecer os encantos que Tarzan sintetiza, é o desafio enfrentado com talento pelo autor deste livro, resultado de dissertação de mestrado, orientada pelo pesquisador Gelson Santana Penha, um dos maiores especialistas brasileiros em cultura pop”, acrescenta Laura.
O livro foi feito a partir da dissertação de mestrado intitulada Macaco branco na selva negra: A eugenia como efeito narrativo em três filmes de Tarzan, de Celso Reis, no programa de pós-graduação em Comunicação Audiovisual.
“O autor efetua uma revisão eficaz, desmascara qualquer rastro de inocência etnocentrista e comprova os fantasmas da superioridade europeia que cercam a narrativa, fundamentam as imagens e acompanham Tarzan, o Rei da Selva, em suas aventuras”, ressaltam os professores doutores Gelson antana e Bernadette Lyra no prefácio.
Para compra
Interessados em adquirir o livro podem acessar o link aqui. O valor do exemplar é R$ 40 (com o frete pelo correio incluso). Há descontos progressivos para quem comprar dois ou três exemplares. O envio será efetuado após 60 dias do início da campanha no Catarse.
O crítico Paulo Telles, coautor do livro Tarzan Vai ao Cinema (ao lado de Saulo Adami), escreve o posfácio e a capa tem desenho de Deborah Farias Reis, filha de Celso Reis, e Matheus Gabriel dos Santos Bento, com tratamento, letreiro e diagramação de Paula Azenha. A obra tem 106 páginas.