Depois de declarar que os “alunos com deficiência atrapalham”, o ministro da Educação de Jair Bolsonaro, pastor Milton Ribeiro, tentou arrumar o que tinha dito e acabou piorando. Em entrevista, nesta quinta-feira (19), ele reafirmou sua face preconceituosa e segregacionista.
Ribeiro, demonstrando absoluto despreparo para o cargo, disse que 12% das crianças com deficiência, nas escolas públicas, “têm um grau de deficiência que é impossível a convivência”.
“Deixa eu explicar para vocês. Nós temos hoje 1,3 milhão de crianças com deficiência, que estudam nas escolas públicas. Desse total, 12% têm um grau de deficiência que é impossível a convivência. O que nosso governo fez? Ao invés de simplesmente jogá-los dentro de uma sala de aula, pelo inclusivismo, nós estamos criando salas especiais para que essas crianças possam receber o tratamento que merecem e precisam”, afirmou.
Elitista
No início de agosto, Ribeiro já havia escancarado a característica elitista do governo e afirmou que “a universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade”.
“Tem muito engenheiro ou advogado dirigindo Uber porque não consegue colocação devida. Se fosse um técnico de informática, conseguiria emprego, porque tem uma demanda muito grande”, disse.