A Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, vacina contra a Covid-19, disse nesta sexta-feira (23) que rescindiu um memorando de entendimento para vender seu imunizante para a Precisa Medicamentos. A fabricante, de acordo com o G1, não revelou o motivo.
A Bharat disse ainda que continuará trabalhando com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter todas as aprovações necessárias para o uso do Covaxin no país.
O contrato para a compra da Covaxin no Brasil foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa responsável pela ponte entre o governo federal e a Bharat Biotech.
A empresa é a única intermediária que não possui vínculo com a indústria de vacinas.
O G1 procurou a Precisa às 9h15, mas ela não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Irmãos Miranda
Após o depoimento dos irmãos Miranda, o ministério da saúde suspendeu o contrato para a compra do imunizante por conta das denúncias de irregularidades levadas para a CPI por meio do deputado federal Luis Miranda, que disse também ter levado as informações até o presidente Jair Bolsonaro.
Por conta disso, a Precisa Medicamentos passou a ser apontada como a empresa responsável por realizar a ponte entre o governo federal e o laboratório que produz a vacina Covaxin na Índia e os senadores tentam esclarecer os detalhes da negociação e se houve algum crime de corrupção por parte do Ministério da Saúde.
A CPI também já autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático da diretora.
O sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, também foi convocado à CPI, e teve o direito de permanecer em silêncio concedido pela ministra do STF Rosa Weber. Após a decisão, os senadores optaram pela não convocação de Maximiano.