O novo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é investigado pela Polícia Civil por suspeita de lavagem de dinheiro desviado da prefeitura da capital paulista. O caso teria ocorrido enquanto Nunes cumpria o mandato de vereador. O emedebista teria depositado o dinheiro na conta de sua empresa, de sua esposa e de seus filhos.
O alerta foi feito pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações financeiras suspeitas de entidades comandadas por ex-funcionários do prefeito, que assumiu o cargo após a morte de Bruno Covas (PSDB). As entidades eram responsáveis por gerenciar creches de São Paulo.
Segundo reportagem de Bruno Ribeiro, no Estado de S.Paulo, parte dos recursos foi depositado nas contas dos próprios gestores dessas entidades. A polícia investiga dois depósitos em dinheiro, que totalizam R$ 150 mil, feitos na conta de uma dedetizadora registrada em nome do prefeito e seus familiares. O inquérito teve início em dezembro de 2020 e está em segredo de Justiça.
Repasses
Um dos alvos da investigação é a organização social Associação de Moradores Jacinto Paz, responsável por administrar creches na zona sul de São Paulo. A entidade fez pagamentos a duas empresas, uma construtora, WMR, e uma distribuidora de material escolar, Águia. Os repasses somam R$ 1,5 milhão.
A entidade é presidida pelo casal Andrea Miranda e Gilson dos Santos. A mulher trabalhou na campanha que reelegeu Nunes na Câmara Municipal, em 2016.