A permanência do técnico argentino Ariel Holan no Santos durou 12 partidas: quatro vitórias, três empates e cinco derrotas. O treinador surpreendeu torcedores e diretoria e pediu demissão, após a derrota para o Corinthians, por 2 a 0, neste domingo (25), pelo Campeonato Paulista.
Holan havia sido contatado em fevereiro. A sequência de maus resultados pesou para a decisão. No entanto, o argentino ficou assustado com a queima de fogos em frente à sua residência, depois do revés no clássico contra o rival.
Nos bastidores, comenta-se que um desentendimento com o atacante Marinho também influenciou a decisão do treinador.
O presidente Andres Rueda anunciou a saída do treinador, nesta segunda-feira (26), e não descartou efetivar no cargo o interino Marcelo Fernandes.
“O perfil para treinador não muda. A gente gosta de treinador que jogue com a base, jogue para frente, use a tecnologia. Vamos trazer o mais rápido possível. A nossa comissão permanente suprirá essa lacuna entre um técnico e outro”, disse
Fora do planejado
“Quando a gente escolheu o Ariel, a aceitação da torcida foi de 100%. A torcida gostou da contratação. Ele tem o perfil que se encaixa no Santos, mas as coisas não aconteceram dentro do planejado. Cabe à diretoria resolver esse problema e tocar a bola para frente”, destacou Rueda.
“Ponderamos, não era o que eu queria. O pessoal confunde projeto de três anos com contrato de três anos com o treinador. Existe uma quebra de contrato de qualquer parte. Ponderamos e de comum acordo aceitamos essa situação. Tentei reverter, não teve jeito. Houve até caso de fogos no apartamento dele. Soltaram rojão. Isso o deixou de uma maneira pouco confortável”, relatou o dirigente.