O Sindicato dos Bancários de Santos e Região está recebendo uma série de denúncias, nos últimos dias de março, dando conta que a agência do Santander, onde fica também a regional Santos, na Praça Mauá, está desrespeitando o lockdown.
A medida foi tomada pelas prefeituras da Baixada Santos, com o objetivo de minimizar as consequências do avanço da pandemia do coronavírus.
De acordo com a entidade, o banco convocou os funcionários para trabalharem escondidos, contrariando medida decretada pelo Conselho de Desenvolvimento Metropolitano da Baixada Santista (Condesb), cujo presidente é o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB).
“Caso se confirmem as denúncias, o interessante é a ousadia do abuso ao decreto, que é bem claro ao proibir trabalho interno nas agências bancárias, a não ser para manutenção e segurança, numa unidade que fica em frente à prefeitura de Santos, onde trabalha o prefeito Rogério Santos, responsável pelo Condesb”, relata Fabiano Couto, secretário de Comunicação do sindicato e bancário do Santander.
Ainda de acordo com as denúncias, além de vários funcionários que estão trabalhando dentro da agência, outros foram mandados para o autoatendimento e se aglomeram com a população.
Pressão
Após pressão feita pelo sindicato e pela Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, no início dos decretos de lockdown, dia 23, o Santander desautorizou o trabalho interno de todos os funcionários na Baixada Santista.
Ficou acertado que somente 50% do quadro de funcionários ficariam responsáveis pela manutenção dos serviços em esquema de rodízio, a outra metade ficaria em home office. Os que têm banco de horas deveriam cumprir até o final do decreto.
“Estamos fiscalizando quem pode estar burlando o lockdown necessário para frear a transmissão de Covid-19, que já ceifou mais de 300 mil vidas. É total irresponsabilidade convocar bancários para trabalhar presencialmente e correr o risco iminente de morte. Novamente, vou entrar em contato com a superintendência de Relações Sindicais e cobrar a promessa de só ficar o pessoal para manutenção do autoatendimento e seguranças”, acrescenta Couto.