O teor da pena imposta pela Corte de Apelação de Milão ao jogador Robinho foi mantido nesta terça-feira (9). No final de 2020, o brasileiro foi condenado, em segunda instância, a nove anos de prisão por violência sexual em grupo. A vítima foi uma mulher albanesa e o caso ocorreu em 2013, na cidade italiana.
De acordo com o documento, o ídolo da torcida do Santos e “seus cúmplices” manifestaram “um particular desprezo pela vítima que foi brutalmente humilhada”.
A Corte alegou, ainda, que houve uma tentativa de “enganar as investigações, oferecendo uma versão dos fatos falsa e previamente combinada”.
O tribunal condenou, também, Ricardo Falco, amigo de Robinho, a nove anos de prisão.
Com a condenação, Robinho não deve ser extraditado. Porém, pode cumprir pena no Brasil depois que processo tiver uma sentença definitiva. Agora, resta, apenas, a Corte de Cassação, terceira e última instância da Justiça italiana, para a defesa de Robinho recorrer.
O caso
O fato ocorreu em janeiro de 2013, quando Robinho defendia a equipe italiana do Milan. A sentença pela condenação pesou a troca de mensagens e escutas, nas quais o jogador fala sobre a noite do crime.
Em uma das mensagens, avisado por um amigo a respeito da investigação, Robinho disse, em tom despreocupado: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
Conforme a sentença da primeira instância, o jogador, Ricardo e outros quatro amigos abusaram sexualmente da jovem albanesa de 23 anos, dentro de uma casa noturna.
Ela estaria alcoolizada “ao ponto de ficar inconsciente” e teve relações sexuais em uma situação em que não era capaz de resistir ou se defender.