Prefeitos começam a articular a formação de um consórcio nacional para negociar a compra de vacinas contra a Covid-19. A ideia surgiu pela total inoperância do governo de Jair Bolsonaro em criar um Plano Nacional de Imunização que seja eficiente.
A formação do consórcio foi debatida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), durante reunião virtual realizada nesta segunda-feira (1). O encontro teve a participação de representantes de mais de 500 municípios brasileiros.
De acordo com o ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizete, atual presidente da FNP, cerca de 100 cidades anunciaram adesão ao projeto.
A principal vantagem para as prefeituras é o ganho de escala e a condição de negociar volumes e prazos com o mercado internacional.
Contudo, a aquisição dos imunizantes não deverá feita com recursos dos municípios. Donizete afirmou que o consórcio, que deve ser formalizado até 22 de março, tem como objetivo usar recursos federais que o Ministério da Saúde não está conseguindo utilizar.
“O ministro (Eduardo Pazuello) afirmou que não faltaria dinheiro para a compra de vacinas. Vamos indicar fonte de vacina e ter o recurso disponibilizado pelo governo federal”, destacou Donizete.
“O consórcio não é para comprar imediatamente, mas para termos segurança jurídica no caso de o PNI [Programa Nacional de Imunização] não dar conta de suprir toda a população. Nesse caso, os prefeitos já teriam alternativa para isso”, acrescentou o presidente da FNP.
Sem concorrência
“A intenção não é concorrer com o governo federal. Queremos somar esforços. Mas os prefeitos estão sendo muito demandados, especialmente agora que se chegou ao limite da assistência e se fala em fechamento da economia”, ressaltou.
Donizete disse, ainda, ter contato com a campanha liderada pela empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, que teria oferecido apoio para a aquisição de insumos para a vacinação.
Com informações de O Globo e Folha de S.Paulo