Dois dias depois do registro da morte da 10ª criança indígena com sintomas do coronavírus nas comunidades Waphuta e Kataroa, na região do Surucucu, em Alto Alegre, Norte de Roraima, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, enviou uma equipe para acompanhar o caso.
O grupo partiu nesta terça-feira (2), depois que um bebê de 1 ano da comunidade Taremou morreu no domingo (31).
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “as equipes multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) ainda estão colhendo relatos para a investigação dos óbitos das crianças Yanomami” e que também foram encaminhadas 800 doses de vacinas para Covid-19 a indígenas maiores de 18 anos
As mortes das outras nove crianças indígenas foram comunicadas ao Ministério da Saúde no último dia 26, pelo Condisi-YY. Quatro eram da comunidade Waphuta e outras cinco de Kataroa.
Janeiro
As crianças morreram em janeiro e tinham entre um e cinco anos. Segundo relatos dos indígenas, todas elas tiveram sintomas como febre e dificuldade para respirar.
“Demorou bastante. Desde o dia 26, uma semana. Essa demora levou mais uma vida, uma criança que morreu dois dias atrás no Taremou. Muitas crianças estão internadas e as comunidades que a gente não consegue chegar, eu não sei como estão. A demora e a burocracia estão matando o povo Yanomami”, disse Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna (Condisi-YY), ao portal G1.