Os trabalhadores do Banco do Brasil (BB) na Baixada Santista amanheceram a sexta-feira (29) de braços cruzados. A greve, inicialmente com duração de 24 horas, é contra a restruturação implantada pelo governo federal e pela diretoria do banco, com o objetivo central de privatizar a instituição. A paralisação é nacional.
O governo pretende fechar 361 unidades, sendo 112 agências, sete escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA), além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a “transformação” de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa.
Caso o governo consiga realizar o que pretende, ainda no primeiro semestre de 2021, haverá cerca de 5 mil de missões de funcionários em dois programas de desligamento.
Em Santos
Duas agências serão desativadas em Santos, segundo os planos do banco. A Santista, à Rua Dom Pedro II, 49, Centro, e o Posto de Atendimento que fica na esquina do Canal 5 com Epitácio Pessoa, à Avenida Almirante Cochrane, 47, Embaré.
“A população será prejudicada, pois passará a contar com uma rede de agências menor, com menos funcionários. Algumas cidades ficarão sem agências. O atendimento vai ser ainda mais precarizado. A região da Baixada ficará com cerca de 50 funcionários a menos para o atendimento. Com a restruturação ficaram excedentes e serão enviados para qualquer cidade do país”, alerta André Elias, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.
Segundo a diretoria da entidade, todo o apoio será dado ao movimento. “Quem está em teletrabalho deve desligar o celular, o notebook ou o microcomputador. Quem trabalha presencialmente não saia de casa nesta sexta-feira”, ressalta Ricardo Saraiva Big, secretário geral.
A presidente do sindicato, Eneida Koury, avisa que todos serão prejudicados, desde os clientes como todos os funcionários e não só os caixas. “Não se enganem, todos serão atingidos pela restruturação. Com corte de 5 mil bancários, os que sobrarem serão ainda mais sobrecarregados, enquanto os acionistas aplaudem os lucros. Hoje é o seu colega, mas quem disse que não terão outros programas para desligar você? E hora de unidade, solidariedade e luta”.