O Instituto Butantan vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer uso emergencial da Coronavac, assim que forem divulgados os resultados dos testes de sua eficácia contra o novo coronavírus.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10), durante entrevista em que o Butantan também divulgou que já começou a produzir no Brasil as doses do imunizante. O produto foi desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac. O instituto fez uma parceria com seu congênere asiático para liderar os testes em voluntários no Brasil e para fabricar o produto no país.
“Vamos submeter [a aprovação da Coronavac] ao rito normal e à solicitação de uso emergencial [na Anvisa]”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
O Butantan adotou o esquema de funcionamento de 24 horas por dia, sete dias por semana, para chegar a 1 milhão de doses da Coronavac por dia. Para isso, o instituto divulgou que deve contratar mais 120 funcionários para se integrarem aos 245 profissionais que atuam na fábrica.
Resolução da Anvisa
Em reunião nesta quinta-feira (10), a diretoria colegiada da Anvisa aprovou uma resolução que abre possibilidade aos laboratórios de solicitarem autorização para uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra o novo coronavírus.
Segundo a agência, é “apenas uma oficialização pela diretoria” do mecanismo de pedido de uso emergencial de vacinas que já havia sido anunciado no dia 2 de dezembro.
Em nota, a agência informou que, até o momento, nenhum laboratório solicitou ainda esse uso emergencial. Essa autorização de uso emergencial e temporária de vacina contra a Covid-19 é restrita a um público previamente definido. Ela não substitui o registro sanitário.