O oftalmologista Roberto Ivo Pasquarelli Neto foi acusado pela terceira vez de assediar sexualmente uma paciente dentro do seu consultório. Desta vez, uma jovem de 27 anos afirma ter sido beijada e abraçada à força por ele na frente de sua filha de dois anos, em um hospital especializado em São Paulo.
A jovem contou também, em entrevista ao G1, nesta sexta-feira (10), que o homem ainda colocou a mão dela sobre a calça dele, nas partes íntimas. A defesa do profissional afirma que não foi informada da acusação.
Pasquarelli foi alvo de outras duas acusações semelhantes, em agosto deste ano. Uma recepcionista de 29 anos e uma vendedora de 27 alegaram terem sofrido o assédio durante consulta no Centro de Combate ao Coronavírus de São Vicente, no litoral de São Paulo, após terem sintomas da covid-19. As duas jovens denunciaram às autoridades a conduta do profissional, que, segundo a prefeitura, foi afastado.
Este caso mais recente foi registrado na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Sul, em São Paulo.
Em nota, o Hospital dos Olhos de São Paulo informou que a denúncia está sendo apurada pelos responsáveis da unidade e que o médico foi afastado de suas funções até a conclusão do caso.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) também investiga os casos.
Marcelo Cruz, advogado do oftalmologista, afirma que seu cliente nega todas as acusações, e que o médico registrou um boletim de ocorrência de denunciação caluniosa e injúria assim que tomou conhecimento da primeira denúncia. Quanto a este terceiro caso, o defensor diz que ainda não tomou ciência oficialmente da acusação.
A maneira como o médico se comportou, de acordo com relato das três vítimas, é muito semelhante. Em todos os casos ele insinuou que elas estariam “estressadas” e precisavam “relaxar”. A partir disto, Pasquarelli teria tentado a investida. Foi rejeitado e denunciado pelas três.
Com informações do G1