Modesto Roma Júnior, ex-presidente do Santos de 2015 a 2017, ingressou na Justiça para reivindicar todos os seus direitos de associado e anulação de sua expulsão.
Além disso, pede que o clube seja condenado a indenizá-lo em R$ 49.900,00 por dano moral e que arque com custas e honorários profissionais arbitrados em 20% sobre o valor da condenação, de acordo com reportagem de Carlos Ratton, no Diário do Litoral.
“Meu objetivo com a ação é a inclusão no quadro associativo. Não tenho o mínimo interesse no dinheiro. Se ganhar, vou doar tudo para o próprio Santos”, disse Roma.
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), em junho deste ano, arquivou a representação do STF contra Roma, o ex-vice-presidente, César Augusto Conforti, e o ex-superintendente, Osvaldo Eduardo Cardoso Ribeiro, todos acusados pelo clube de supostos atos ilícitos durante a gestão.
Em 2019, o ex-presidente do Peixe, sócio remido e que está no clube há 62 anos, foi expulso do quadro de associados do Santos, depois de reunião do Conselho Deliberativo. César Conforti e o sobrinho e assessor de Modesto, Moacyr Roma, foram suspensos.
Defesa
“Membros do Conselho tiveram apenas um dia útil para examinar a prestação de contas, o relatório da auditoria e o parecer do Conselho Fiscal. Mais do que isso, o Conselho Fiscal, ao invés de propor o encaminhamento do parecer às considerações do Comitê de Gestão, o recomendou à Comissão de Inquérito e Sindicância, num pré-convencimento incompatível com a isenção que deve presidir a análise escorreita das contas administrativas”, disse Luiz Guilherme Jacob, advogado de Modesto Roma.
“Não houve instrução, alegações finais, apreciação dos preliminares aduzidas por Roma e a Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), em outubro do ano passado, propôs a exclusão dele do quadro associativo”, acrescentou o advogado. O clube não se posicionou sobre o caso.