Por Lucas Rocha, da Revista Fórum
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), sofreu um forte revés, nesta quinta-feira (24), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fluminense. A corte finalizou a votação da ação apresentada pelo PSOL, que pede a inelegibilidade do bispo, em razão de um evento na Comlurb, no qual o filho do bispo, Marcelo Hodge Crivella, foi lançado como pré-candidato a deputado federal.
Por sete votos a zero, os desembargadores decidiram que o prefeito deve ficar inelegível em razão da abuso de poder político cometido no episódio. O relator Cláudio Dell’Orto ainda aplicou multa de R$106 mil.
“É patente que a utilização de bens móveis da Comlurb, bem como de funcionários em horário de expediente, serviu aos interesses eleitorais dos candidatos investigados, a confirmar as imputações feitas relativas a práticas de condutas vedadas por abuso de poder político”, disse o relator.
O julgamento foi iniciado na terça-feira (22) e terminou apenas nesta quinta, em razão de um pedido de vistas apresentado pelo desembargador recém-chegado Vitor Marcelo Rodrigues.
O prefeito não perde o mandato e deve recorrer da inelegibilidade em instâncias superiores. Ele só é impedido de concorrer com o processo transitado em julgado. Crivella é o preferido do presidente Jair Bolsonaro na disputa pela prefeitura do Rio.