Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum
Morreu, na noite desta terça-feira (22), o cantor, compositor e dançarino Gérson Rodrigues Côrtes, conhecido como Gerson King Combo, aos 77 anos, em decorrência de complicações do diabetes.
O cantor, um dos pioneiros da black music, do soul e do funk carioca, iniciou sua carreira no final da década de 60, início de 70, se apresentando em bailes com a banda Fórmula 7. Chegou a ser chamado na época de “James Brown brasileiro”.
Atingiu o sucesso apenas no final dos anos 70, após lançar vários compactos que passaram despercebidos. Diversas canções de seus dois primeiros álbuns, “Gerson King Combo”, de 1977, e “Gerson King Combo – Volume II”, de 1978, como “Mandamentos Black”, “God Save the King”, “Funk Brother Soul” e “Good Bye” explodiram nas rádios e nos bailes.
King Combo abandonou a carreira artística após diminuir o interesse pelo movimento da black music e passou a trabalhar como produtor de eventos. É considerado um dos principais nomes da música negra brasileira, juntamente com Tim Maia, Hyldon e Cassiano.
Foi redescoberto na década de 90 e chegou a fazer mais dois álbuns, sem repetir o sucesso dos anteriores.
Com previsão de estreia em 2021, o documentário “Gerson King Combo – O filme”, dirigido por Belisario Franca e David Obadia, acompanha momentos intimistas e públicos de Combo e terá a participação de nomes como Alcione, Marcelo D2, Leci Brandão, Paula Lima, Simoninha e Fernanda Abreu.