Por Victor Farinelli, da Revista Fórum
Uma entrevista publicada pelo jornal britânico The Guardian traz uma revelação com potencial para se transformar em um novo escândalo sexual, talvez com consequências eleitorais.
Trata-se de uma entrevista com a ex-modelo norte-americana Amy Dorris, na qual ela conta que foi abusada sexualmente pelo magnata, há 23 anos.
Segundo o relato da ex-modelo, o ataque sexual aconteceu durante o torneio de tênis US Open de 1997. Dorris conta que entrou no banheiro feminino do camarote das celebridades, e que Trump entrou logo depois e agiu rapidamente, trancando os dois em uma cabine.
Então, teria forçado um beijo e passou a tocar suas partes íntimas. “Ele colocou a língua na minha garganta e eu o empurrei, mas ele reagiu forçando ainda mais, e eu tentei me afastar, mas ele agarrou minha bunda e meus seios”, relatou a ex-modelo, que na época tinha 24 anos, enquanto Trump tinha 51 e estava em seu segundo casamento, com a atriz Marla Maples.
“Senti que estava sendo violentada, e não sabia como me soltar. Eu não fiz nada para encorajá-lo a me tocar”, contou Dorris.
Perguntada sobre por que guardou silêncio durante tanto tempo, ela afirmou que não sabia como fazê-lo, e que também se sentia intimidada pelo fato de que outras mulheres já haviam denunciado Trump por agressão sexual e terminaram sendo rotuladas de mentirosas.
“Estou cansada de vê-lo fingir e ficar impune. Talvez eu termine sendo chamada de mentirosa também, mas não tenho mais medo”, completou a ex-modelo.
“Motivação eleitoral”
O hoje presidente dos Estados Unidos respondeu à reportagem do The Guardian com um comunicado enviado por seus advogados: negou as acusações de Amy Dorris e afirmou que se Trump fez tal ataque no banheiro do camarote, “outras pessoas teriam presenciado os atos”.
Os advogados do empresário também alegaram que a acusação pode ter motivação eleitoral, devido à campanha presidencial nos Estados Unidos – na qual Trump tenta sua reeleição.