Por Lucas Rocha, da Revista Fórum
O presidente Jair Bolsonaro decidiu que o general Eduardo Pazuello não terá mais o status de “interino” em seu governo e vai se tornar ministro da Saúde efetivo. O militar chegou ao posto em maio após a demissão de Nelson Teich.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, Pazuello estaria resistente à nomeação como efetivo, mas foi convencido por Bolsonaro. Uma cerimônia de posse deve ser realizada na quarta-feira (16). Convites já estariam sendo distribuídos entre ministros.
Nesta segunda-feira (14), o Brasil chegou a 132.006 mortes provocadas pelo Sars-Cov-2. O país é o segundo no mundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos confirmados (4.345.610), superado somente por EUA e Índia.
Em setembro, o país superou Reino Unido e Suécia e se tornou o sexto país do mundo com mais mortes por milhão de habitantes – uma estatística que vinha sendo usada pelo governo Bolsonaro para dizer que o país não havia sido tão afetado.
Protagonismo
A maioria das mortes ocorreram sob a gestão de Pazuello, que evitou confrontar o presidente Jair Bolsonaro em temas como uso da hidroxicloroquina – que não tem eficácia comprovada – e distanciamento social e acabou tirando o protagonismo do Ministério da Saúde no enfrentamento da pandemia.
O médico Pedro Diniz, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, usou as redes sociais para criticar a efetivação. “O maior sistema de saúde pública do mundo na mão de assassinos”, tuitou.