Com o objetivo de evitar as cenas que ocorreram no último final de semana na Baixada Santista, com as praias lotadas especialmente em Santos, os nove prefeitos da região querem que o governo do estado fique responsável pelo controle do acesso às cidades pelas rodovias que ligam a capital ao litoral.
Além disso, esperam, ainda, o envio de mais policiais militares para realizar fiscalização nas praias, durante o feriado prolongado de 7 de setembro. A preocupação é com um possível aumento de casos de coronavírus.
A informação foi divulgada pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, em coletiva transmitida por suas redes sociais, durante o começo da tarde desta terça-feira (1). Na avaliação de Barbosa, o que ocorreu no fim de semana foi lamentável.
“A gente lamenta muito tudo o que aconteceu neste fim de semana. A pandemia não acabou e as pessoas precisam usar máscaras, respeitar as regras de distanciamento, higienização, tudo isso é muito importante para que possamos avançar de fase e voltar ao normal. Convoquei hoje uma reunião do Condesb, todos os prefeitos da Baixada Santista, e também logo pela manhã eu solicitei a participação do governo do estado nessa reunião com o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, e o Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, com dois objetivos básicos”, explica.
“Precisamos ter um controle mais rigoroso nas praias e é fundamental que a Polícia Militar, que o estado, possa apoiar o trabalho que é feito pelas Guardas Civis Municipais. Então, essa é a primeira reivindicação. A segunda, e mais importante, é o controle de acesso à Baixada Santista, nós tivemos mais de 200 mil veículos nesse período aqui na Baixada sem ser feriado prolongado”, prossegue Barbosa.
Procura intensa
Segundo informações da Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, cerca de 200 mil veículos se dirigiram à Baixada no sábado (29) e domingo (30).
“Com o feriado prolongado e expectativa de tempo bom existe uma previsão de ainda mais veículos. Então, o estado precisa atuar para controlar esse acesso à Baixada Santista, porque colocando 200 mil veículos aqui por fim de semana fica difícil o trabalho realizado pelas cidades. Apresentamos essas demandas ao governo do estado e vamos construir nessa reunião uma solução para que a gente não veja no próximo fim de semana as cenas que vimos neste último fim de semana”, acrescenta.