O Ministério Público de São Paulo acatou uma denúncia sobre a diminuição da frota, a aglomeração de passageiros e o descumprimento do protocolo de higienização nos ônibus de linhas municipais de Santos durante a pandemia de coronavírus.
O autor da representação é o vereador Fabrício Cardoso (Podemos). Segundo o parlamentar, depois de identificar reclamações de moradores nas redes sociais, ele e sua equipe verificaram as condições pessoalmente.
“Nenhum deles tinha álcool em gel, ou uma placa falando sobre as necessidades de distanciamento, manter janelas abertas ou qualquer outra orientação”, relatou Cardoso, em entrevista ao G1, que fiz ter entrado com sua equipe em 30 ônibus em um dia.
O vereador também acusa a empresa de não ter adotado medidas de distanciamento social entre os passageiros, seja dentro dos veículos ou nos pontos de embarque e desembarque. Segundo ele, também não há uma barreira de isolamento entre o motorista e os passageiros.
No texto enviado ao Ministério Público, o vereador aponta ainda que a empresa não estaria disponibilizando a totalidade da frota, causando aglomeração de usuários nos veículo em operação. “O que põe em risco os usuários do sistema e seus colaboradores”, diz o documento.
Viação Piracicabana diz que cumpre regras
A Viação Piracicabana afirmou, em nota, que não tem conhecimento dos temas levantados pelo vereador e que segue o que foi definido com a prefeitura.
“Nós triplicamos a atenção na higienização nos ônibus e VLTs para zelar pela saúde e bem estar de todos e que, apesar da queda da demanda, estamos tentando manter a normalidade na operação”, diz o texto.