Por Luisa Fragão, da Revista Fórum
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Eduardo Siqueira, que humilhou um guarda civil de Santos e rasgou a multa que recebeu por não estar usando máscara de proteção contra o coronavírus, já agrediu com xingamentos, tapas e socos um advogado na mesma cidade. A vítima chegou a perder capacidade auditiva em um dos ouvidos.
De acordo com reportagem de Vinícius Segalla, no DCM, mesmo com as agressões, Siqueira foi condenado somente à pena administrativa de censura pela Corregedoria do TJ-SP.
O caso aconteceu em 2003, quando o advogado Roberto Mehanna Khamis caminhava pela praia em Santos. Siqueira, então o abordou, dando logo início às agressões contra o rosto e ouvido do advogado.
Os dois já se conheciam. Khamis estava processando o desembargador da “carteirada” por crimes contra a honra desde o ano 2000, após ter sido ofendido durante um julgamento em que os dois participaram.
Ameaças
Siqueira coleciona processos por seu comportamento agressivo. A desembargadora Maria Lúcia Pizzoti Mendes, por exemplo, afirmou, na segunda-feira (20), que já foi ameaçada por Siqueira, seu colega no TJ-SP, no estacionamento da corte.