Cemitério de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas - Foto: Paulo Desana/Dabakuri/Amazônia Real

Por Revista Fórum

Com a Covid-19 invadindo o interior do país, o Brasil vai ultrapassar, entre esta sexta-feira (12) e sábado (13), o Reino Unido em número de mortos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos em quantidade de vítimas fatais da doença.

Nesta quinta-feira (11), enquanto o Ministério da Saúde registrava 1.239 mortos em 24 horas, o Reino Unido contou 151 vítimas fatais. Com o número, o Brasil atingiu 40.919 mortes, uma diferença de 360 mortos em relação ao país europeu, que registra 41.279 vítimas fatais da doença, segundo a agência Reuters.

O Brasil, no entanto, vem mantendo uma média acima dos mil mortos nos últimos dias, enquanto o Reino Unido vivencia queda nos dados da Covid-19, com cerca de 200 registros de vítimas fatais por dia. Os EUA, que lideram com 113.820 mortes, também têm uma quantidade de óbitos menor do que a do Brasil, com média de cerca de 800 registros a cada 24 horas.

Interior

Sem controle e um plano de testagem em massa para a reabertura do comércio, que já vem acontecendo, o coronavírus está invadindo as cidades do interior e causando aumento de até 600% no número de mortos.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (12), cidades da chamada Região do Pólo Têxtil, na zona metropolitana de Campinas, interior de São Paulo, vivem uma escalada de casos confirmados do novo coronavírus e de mortes por Covid-19.

O aumento no número de casos, segundo dados das prefeituras locais, se deu principalmente após o Dia das Mães, em 10 de maio, e com a antecipação do feriado da Revolução Constitucionalista, de 9 de julho para 25 de maio.

As cidades que tiveram maior crescimento de casos confirmados e de mortes foram Santa Bárbara d’Oeste (357% e 400%, respectivamente) e Sumaré (301% e 600%, respectivamente).

Pelo “Plano São Paulo”, do governo estadual, as cidades foram classificadas na Fase 2, como parte do Departamento Regional de Saúde de Campinas, o que permitiu a reabertura parcial de comércio, serviços, shopping centers e galerias a partir de 1º de junho.

Os municípios da região, que votaram maciçamente em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, vinham protagonizando carreatas para reabertura do comércio desde abril e registraram pior média de isolamento social entre 10 de maio e 8 de junho, de acordo com o Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo.