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SSP-SP anuncia volta da Operação Escudo, agora em SV; ação da PM matou 28 pessoas no Guarujá

Retomada da operação ocorre depois da morte de sargento aposentado; Defensoria pede instalação de câmeras nas fardas das polícias civil e militar

Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) anunciou, nesta quarta-feira (13), uma nova edição da Operação Escudo, agora com foco na cidade de São Vicente. A ação foi motivada pela morte do sargento aposentado da Polícia Militar (PM), Sérgio Antunes Lima, na sexta-feira (8), em frente à própria casa.

Fazem parte da operação em São Vicente, o 1º Batalhão de Policia de Choque (Rota), Batalhões de Ações Especiais de Polícia (Baep) de todo o estado e a Força Tática Matricial do Comando de Policiamento do Interior-6.

A PM destacou que a iniciativa tem o objetivo de intensificar as ações de polícia em áreas onde há maior incidência de crimes no município.

Na noite de sábado (9), um cabo foi atingido por três disparos numa tentativa de homicídio, menos de 24 horas depois da morte do sargento aposentado.

Defensoria pública pede instalação de câmeras nas fardas das polícias civil e militar

Em nota encaminahada ao Folha Santista, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo disse que “continua monitorando as operações policiais em curso e prestando atendimento às pessoas atingidas e familiares das vítimas”.

Além disso, ressaltou que ajuizou, na terça-feira (5), uma ação civil pública em que pedia a instalação de câmeras corporais no uniforme de todos os policiais militares e civis envolvidos na Operação Escudo. Solicitou, ainda, que na impossibilidade do cumprimento, seja suspensa a operação.

Operação Escudo já matou 28 pessoas

No dia 5 de setembro, o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o fim da Operação Escudo, deflagrada pela (SSP-SP) após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, no Guarujá.

Nos 40 dias de ação, segundo o balanço divulgado pelo secretário Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 indivíduos morreram em supostos confrontos com policiais. Desde o início da ação, instituições e autoridades que defendem os direitos humanos pediam o fim da operação.

Mesmo depois da prisão de três suspeitos pela morte do soldado, o governador anunciou que a operação continuaria por pelo menos um mês. Em 28 de agosto, a SSP chegou a informar que a ação não tinha prazo para terminar.

Dezenas de moradores de bairros do Guarujá denunciaram a prática de torturas, execuções e outros abusos por parte dos agentes da PM, inclusive em pessoas que não tinham passagem pela polícia.

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