O bairro Embaré, em Santos, viveu horas de terror, nesta terça-feira (1º), depois que bandidos invadiram um condomínio de luxo e mantiveram pessoas reféns durante algumas horas.
Após a liberação das vítimas e a rendição dos criminosos, o porteiro do prédio foi preso por suposto envolvimento com o assalto. A delegada do 3° Distrito Policial (DP) de Santos, Liliane Lopes Doretto, responsável pelas investigações, apontou que o funcionário teria facilitado a entrada dos quatro criminosos no edifício.
A delegada afirmou que o porteiro foi preso por apresentar divergências na versão dele. “Houve incongruência do depoimento do porteiro. Nós começamos a traçar uma linha de investigação. Uma equipe minha foi para o hospital. O suspeito, que é um dos indivíduos que estava participando do assalto, ele se apavorou na fuga. Ele foi atingido no braço e houve uma fratura e ele conseguiu falar com um policial civil, dando informações que efetivamente o porteiro estava envolvido e que havia mais três pessoas no interior do prédio”, disse, de acordo com informações de A Tribuna.
Ainda conforme a delegada, os bandidos teriam entrado com o carro, como se fossem moradores, com o auxílio do porteiro. “Eles fizeram ali a codificação de um controle remoto, eles entraram sem nenhuma resistência. O morador que havia saído para fazer compras, quando ele chegou no elevador, se deparou com dois indivíduos e uma faxineira. Os bandidos os conduziram até o último andar”.
A ação teria sido feita dessa forma porque os criminosos acreditavam que moradores da cobertura tinham mais posses. Eles achavam, inclusive, que um jogador de futebol residia no último andar. Por isso, teriam ido até o prédio atrás de dinheiro.
Após esclarecimentos, algumas informações foram retificadas do que foi divulgado anteriormente. Na verdade, seis pessoas foram mantidas reféns no apartamento. Além disso, o assaltante que tentou fugir de carro e foi baleado está internado na Santa Casa de Santos sob custódia.
Negociação
Liliane relatou que eles chamaram a família dos criminosos para iniciar a negociação. “O pessoal também da negociação conversou e aí eles resolveram se entregar. Depois da entrega nós assistimos as imagens e sabíamos que eram quatro indivíduos. Só estava o terceiro (criminoso) e demorou mais porque esse não queria se entregar”, afirmou a delegada.
Um dos envolvidos tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas e roubo de carga. Um menor de idade também tem passagem.