O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou que já estão em seu poder imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atuaram na Operação Escudo, no Guarujá. Segundo o órgão, a corporação “vem colaborando para o esclarecimento dos fatos”.
“O MP-SP informa que, diferentemente do que vem sendo noticiado de forma equivocada por alguns veículos de comunicação, já começou a receber as imagens das câmeras corporais”, diz a nota.
“Os promotores designados pela Procuradoria-Geral de Justiça para apurar os desdobramentos da intervenção na Baixada Santista aguardam o envio de outros dados solicitados à corporação, que vem colaborando para o esclarecimento dos fatos”, destaca o MP-SP, de acordo com o Diário do Litoral.
A Operação Escudo teve início no dia 27 de julho, depois da morte do agente da Rota, Patrick Bastos dos Reis, no Guarujá. Desde então, pelo menos 16 pessoas morreram em intervenções policiais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
Existem inúmeras relatos de moradores locais informando que inocentes estão entre as vítimas fatais.
“A arma dele era a bíblia”, diz parente de pastor morto por PMs
Uma das 16 vítimas fatais da Operação Escudo, no Guarujá, litoral de São Paulo, é Moacir da Silva Júnior, de 34 anos. Segundo informações de um familiar, que preferiu manter o anonimato, ele foi executado e jogado no mato.
O parente relatou que Moacir trabalhava como ajudante de pedreiro e era pastor: “Só bíblia, a arma dele era essa”, disse.
A vítima morreu na comunidade Sítio Conceiçãozinha, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, no dia 31 de julho.
“Isso foi uma operação para acabar com o crime organizado em Guarujá ou para acabar com vidas de inocentes?”, questionou o parente.