Após o desaparecimento misterioso do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, na madrugada de domingo (14), o governo de São Paulo anunciou a retomada da Operação Escudo na Baixada Santista.
“A Operação Escudo já foi retomada com todo rigor. A tendência é que ela seja ainda mais reforçada. Nós não descansaremos enquanto os responsáveis por esse crime sejam identificados e respondam efetivamente por ele”, afirmou o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, na noite desta terça (16), em entrevista à TV Globo.
As operações da corporação na região foram deflagradas pelo governo do estado em decorrência da morte de policias militares. O resultado da Operação Escudo, até o momento, é de 56 mortes de “suspeitos” em supostos confrontos com a polícia.
No 1º trimestre de 2024, o segundo ano de mandato do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), as mortes cometidas por PMs subiram em 86%.
O desaparecimento de Luca
O soldado Luca Romano Angerami, que é quadrigêmeo e de uma família de policiais, foi visto pela última vez, de acordo com a Polícia Civil, perto de um ponto de tráfico de drogas em Guarujá.
Segundo apuração do G1 junto a uma fonte da Polícia Civil, ele saiu de uma adega na comunidade Santo Antônio, em Guarujá, e dirigiu sozinho até uma “biqueira” [onde ocorre o tráfico de drogas] no mesmo bairro.
Ele teria ficado dentro do seu carro por cerca de 40 minutos, até que dois homens – ainda não identificados – se aproximaram do veículo e o renderam.
Um homem de 36 anos foi preso em Guarujá, por volta das 19h30 de domingo, suspeito de ter participado do desaparecimento de Luca. Ele contou que o soldado foi levado para São Vicente e morto e que seu corpo teria sido jogado da Ponte do Mar Pequeno.