Após cinco anos de espera, a família de Lucas Martins de Paula, morto em julho de 2018 por contestar o lançamento de R$ 15 em sua despesa em uma casa noturna de Santos, poderá ter um pouco de paz. Isso porque, o proprietário do Baccará, Vitor Alves Karam, e o segurança do estabelecimento, Sammy Barreto Callender, envolvidos na briga que ceifou a vida de Lucas, foram condenados a 16 anos de prisão, por homicídio triplamente qualificado. O julgamento se encerrou na madrugada desta quarta-feira (8), no Fórum de Santos.
O julgamento dos dois últimos envolvidos na morte de Lucas deveria ter acontecido em 26 de setembro, mas o júri foi adiado, pois a defesa de Sammy entrou com recursos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que um médico legista fosse ouvido como testemunha.
O julgamento
O julgamento teve início na segunda (6). Quinze pessoas foram convocadas para prestar depoimento, mas algumas foram liberadas pela Promotoria e defesa dos réus. Na oportunidade, dois delegados foram ouvidos, um perito criminal, além de amigos de Lucas e o pai do jovem.
Após os depoimentos, a sessão foi suspensa no final da noite de segunda-feira e retomada por volta das 9h30 de terça (7).
No segundo dia de júri, os réus prestaram depoimentos. Sammy respondeu perguntas durante cerca de duas horas e, após uma pausa no início da tarde, o julgamento foi retomado com o depoimento de Vitor Karam, que durou pouco mais de uma hora.
Assim sendo, as defesas dos réus puderam apresentar suas teses ao júri e a Promotoria teve condições de se manifestar também. Após réplicas e tréplicas de ambas as partes, o júri se reuniu para deliberar sobre o veredicto do caso.
A sentença de 16 anos de reclusão em regime fechado para o proprietário e o segurança do Baccará foi anunciada por volta das 3h30 desta quarta (8).
Relembre o caso
Na madrugada do dia 7 de julho de 2018, Lucas Martins de Paula, de 21 anos na época, foi brutalmente espancado depois de questionar R$ 15 registrados em sua comanda. Ele morreu após passar 22 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Santos.
Além de Vitor e Sammy, Thiago Ozarias Souza, também segurança na casa noturna, foi julgado e condenado em setembro deste ano pela morte do jovem. Ele foi considerado culpado de homicídio triplamente qualificado e sentenciado a cumprir 18 anos de prisão em regime fechado.
O quarto envolvido na morte de Lucas, Anderson Luiz Pereira Brito, o chefe da segurança da casa, estava foragido da polícia, quando faleceu em novembro de 2021.
Com informações do Santa Portal